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Casa em condomínio no interior paulista chama a atenção pela vista

Na medida para o descanso em família, esta casa reúne áreas social e íntima num único nível, de onde se pode contemplar um belo lago, colinas e um campo de golfe.

Por Reportagem Ana Weiss (texto) e Eliana Medina (visual) Design: Renata Rise Fotos: Carlos Piratininga Ilustrações: Fabio Flaks
Atualizado em 19 jan 2017, 15h38 - Publicado em 20 dez 2011, 16h22

Não bastassem as normas rígidas do luxuoso condomínio no interior paulista, o terreno adquirido para a casa de fim de semana somava uma adversidade: o melhor da paisagem ficava no lado menos solar, a face sul. A criação de ambientes transparentes de modo a captar luz e vista – e, ao mesmo tempo, capazes de filtrar interferências como os fundos das outras construções, ocultadas estrategicamente pela caixilharia – resolveu o impasse no projeto do escritório Gálvez & Márton Arquitetura, de São Paulo. “O cliente queria a sensação de casa térrea,no nível da paisagem”, conta Andrés Gálvez. “Por esse motivo, a construção se organizanum grande patamar permeável em relação aos fundos e à frente do terreno, protegendo a área íntima com visão controlada na lateral.”

Com três filhos adultos e um caçula ainda na infância, o proprietário queria proporcionar lazer coletivo sem comprometer a privacidadede cada um. “Mas, além do recuo de 10 m da rua exigido pelo condomínio, devíamos incorporar a quadra de tênis, o que nos limitou muito espacialmente, apesar de termos em mãos um terreno de 3 mil m2”, observa Andrés. A ideia de promover a circulação pelas varandase de distribuir os acessos entre a entrada principal e o jardim lateral permitiu criar cenáriosdiferentes e privilegiados em todas as faces da casa, a despeito dos desníveis do lote. A sensação de amplitude ganhou força com a horizontalidade das vigas metálicas e dos painéis de cumaru que desenham a fachada. Internamente, portas pivotantes e outras de embutir conectam generosamente os ambientes. Felizes com o resultado, os donos começam no próximo ano a construção de um segundo refúgio de veraneio, que terá a mesma linguagem desta casa, de acordo com os arquitetos.