Casa à prova de Zumbis é construída nos Estados Unidos
Se o ataque zumbi realmente acontecer, a rica cidade de King County terá um morador protegido
Sem muitas atrações turísticas, a pequena, rica e conservadora cidade americana de King County espera se destacar por um motivo curioso. A cidade de 2.500 habitantes no estado da Geórgia anunciou ontem que pretende inaugurar daqui a um ano a primeira casa do mundo completamente à prova de zumbis.
O projeto prevê que os moradores vivam dentro de uma torre de 9 m de altura cercada por uma plataforma metálica. Caso os zumbis aglomerem-se ao redor da torre, tentando escalá-la, a grade afunda. Se o número aumenta ainda mais, a grade se abre, precipitando os mortos-vivos dentro de um fosso, onde seus corpos serão processados para gerar energia.
A casa é fruto de um concurso internacional de arquitetura, vencido pelo escritório Njemjer&Grandchildren. Ela será construída em um bairro de alto poder aquisitivo. “Mas o projeto-piloto terá um efeito positivo sobre a cidade, que ficará mais segura como um todo”, diz o secretário de planejamento urbano local, Richard Grimes, numa coletiva à imprensa. “Na eventualidade de um apocalipse zumbi, será possível construir cerca de 400 casas semelhantes em menos de seis meses”, afirma.
Grimes confia nos sistemas de construção rápida, como o steel frame, para reformular a cidade no caso de uma emergência. “O projeto completo prevê um grande centro de compras onde funcionarão escolas, instalações esportivas, áreas de lazer, igrejas e armazéns”, afirma. Os edifícios serão conectados por um sistema de passarelas elevadas a 8 m do chão.
“Não basta estar seguro em casa: é preciso construir espaços públicos inteiros à prova dessas bestas, onde só será possível entrar com comprovação biométrica de que não se é zumbi”, diz o urbanista. Caso se concretize, a nova cidade poderá transformar em energia barata cerca de 160 mil zumbis por ano – uma condição de processamento bem superior à provável oferta de cadáveres ambulantes.
As residências serão financiadas pela prefeitura e construídas por uma empresa especializada em condomínios fechados de luxo. “Escolhemos a empresa pela experiência em construir cidades isoladas do mundo exterior”, diz um comunicado oficial da prefeitura.
Críticos veem a construção da casa como uma medida meramente eleitoreira. “O único objetivo desse desperdício de dinheiro público é atrair atenção da mídia internacional e votos para reeleição do prefeito, em 2014” diz Phillipe Blake, professor da faculdade de arquitetura local, a Woodbury School of Design. Blake é um premiado arquiteto, que ficou famoso em 2011, depois de planejar o retrofit de um presídio próximo, que foi transformado em habitação de interesse social. “Mas pelo menos pode aumentar o interesse dos jovens pela arquitetura”, acrescenta. “E, quem sabe, mais turistas sejam atraídos para a cidade”, diz com um sorriso.
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