Continua após publicidade

Atmosfera européia

Conhecida por seu estilo contemporâneo, a arquiteta mineira Ângela Roldão surpreende ao criar uma decoração clássica com toques orientais no morro do Chapéu.

Por Reportagem Nádia Simonelli e Rosana Grimaldi Fotos Daniel Mansur
Atualizado em 20 dez 2016, 16h16 - Publicado em 2 set 2011, 16h23
Acima, arca chinesa (Far East Emporium), tapeçaria gobelin (Nuhaus), díptic...

Incrustada nas montanhas que cercam Belo Horizonte, esta casa pode ser traduzida como um desafio prazeroso para a arquiteta Ângela Roldão. Como acontece todas as vezes em que é solicitada para um trabalho, ela mergulhou em pesquisas na busca de referências, mas, neste caso, um pouco mais do que o habitual. Famosa por seus projetos contemporâneos, Ângela não exitou quando surgiu o convite de uma antiga cliente para que ela reformasse o refúgio de campo da família. Diferentemente das linhas retas e das cores sóbrias, os anseios dos moradores vislumbravam o conforto dos fins de semana em meio a uma atmosfera campestre europeia, com delicados toques orientais. Em cada detalhe, percebe-se que os pedidos foram prontamente atendidos. “Aprecio muito viajar e, apesar de gostar de conhecer lugares novos, vou à Europa pelo menos uma vez por ano. Em cada país que visito, fico de olhos bem abertos. É assim que me inspiro”, explica a arquiteta.

Acima, mesa chinesa da Far East Emporium, bandeja de prata e objetos de muran... Acima, cabeceira da Micheliny Estofados e nas paredes tecido Tricia Guild, ch...

O azul-hortênsia é a base neutra da decoração, que abriga outras muitas cores, tão alegres quanto o casal de moradores. Para criar um clima palaciano, rodapés altos finalizados com um friso dourado, desenhado pela equipe de Ângela, e a lareira de mármore carrara combinado com o nero marquina. A leveza do campo aparece nas estampas florais, que recobrem os estofados e as paredes do quarto, e nos elementos orientais, presentes nos móveis chineses e no painel tibetano em que figura um tigre. Entre os objetos e as obras de arte, há muitas peças que já faziam parte do acervo da família, outras foram escolhidas a dedo pela arquiteta em companhia da proprietária. Ângela destaca as tapeçarias gobelin nas paredes e os tapetes aubusson, além da coleção de gravuras do Rio de Janeiro antigo e dos vasos de porcelana do século 19 sobre a lareira. “Com todas as alterações feitas, não só a arquitetura mudou; mudaram também os hábitos familiares. O cuidado da arquiteta na escolha dos materiais, cores e peças foi primordial para deixar os ambientes mais acolhedores, além de se tornarem mais iluminados e confortáveis. A satisfação de participar ativamente dessas escolhas foi imensa”, diz a proprietária, que faz questão de reunir a família em sua nova casa de campo sempre que possível. “Ultimamente, me causa prazer variar em cada projeto. Apesar do meu gosto para o moderno, fico contente em fazer algo novo e que se pareça com as pessoas que lá vão morar. Acho que tem dado certo. Os proprietários ficam felizes e eu me divirto muito”, revela Ângela.

Acima, espelho francês da Espaço Casa e vasos de porcelana da Chafariz Anti... Acima, a exuberante porta de entrada (Marcenaria Santo Agostinho) foi desenha...
Publicidade