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Ana Maria Vieira Santos assina apartamento de Chris Pitanguy em Ipanema

Jornalista, consultora de moda e dona do site que leva seu nome, Chris Pitanguy faz sucesso na internet com um estilo elegante e despojado, que também está presente no apartamento onde ela vive com a família, no coração de Ipanema

Por Por Sara Stopazzolli (texto) e Victor Affaro (fotos) / Revista Estilo*
Atualizado em 16 fev 2024, 17h00 - Publicado em 18 ago 2015, 20h05
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Chris Pitanguy emoldurou dois cocares que trouxe de Trancoso, na Bahia, e pendurou-os na parede, um de cada lado de um quadro do pintor carioca Daniel Senise. Quando escuta da repórter que criou, assim, uma espécie de instalação capaz de deixar a sala de sua casa ainda mais interessante, ela sorri timidamente e agradece de forma gentil e elegante. Bastam alguns minutos a seu lado para entender como a jet setter carioca, jornalista e consultora de moda transformou-se em ícone fashion e referência de mulher estilosa, daquelas que dá gosto seguir. Não à toa, mais de 54 mil pessoas acompanham o perfil dela no Instagram, e seu site de lifestyle, o christinapitanguy.com.br, recebe cerca de 250 mil visitas mensais. Chris tem bom gosto, é bem informada, transita entre gente influente e veste looks cheios de personalidade.Sobrinha-neta do lendário cirurgião plástico Ivo Pitanguy, ela mantém um closet repleto de grifes dos sonhos no apartamento em que mora há sete anos com o marido, o empresário Marco Aurélio Badaró, os filhos Gabriel, 10 anos, e Giulia, 7, o poodle Luca e o papagaio Jack – que toma banho de sol todas as manhãs na varanda, de onde se vê a deslumbrante orla da praia de Ipanema. Antes de se mudar, contratou a arquiteta paulista Ana Maria Vieira Santos e encarou várias pontes aéreas para participar pessoalmente de todas as escolhas de décor. O uso de marcenaria, espelhos e tons sóbrios, marcas de Ana Maria, se aliaram ao olhar atento de Chris aos detalhes: os tecidos dos sofás (chiques, do Empório Beraldin), as velas, os livros de moda e arte espalhados estrategicamente por mesas e prateleiras, vasos de porcelana herdados da mãe (um deles tem um olho grego, contra o mau-olhado, afinal, proteção nunca é demais). No cantinho da sala do home theater, onde Chris adora se jogar para assistir a filmes por meio de um projetor, há quadros com fotos em preto e branco da família e um grande retrato de seu ídolo, Karl Lagerfeld, estilista da Chanel, que ganhou de presente dos franceses do Studio Harcourt. “Adoro essas imagens. Ao olhar para os meus filhotes, sinto um aconchego…”, diz. “Os livros também são importantes e têm função muito além de enfeitar. Já li todos e gosto de tê-los sempre à mão.”

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Pingue-pongue na mesa de jantarChris passou a infância ouvindo que a sala de estar, onde sua mãe guardava uma bela coleção de obras de arte, não era lugar de criança. Então cresceu e resolveu fazer diferente. Colocou no ambiente social poucas e boas telas (um print de Beatriz Milhazes e uma instalação de Rubem  Ludolf, além de quadros contemporâneos de Daniel Senise e José Bechara) e deixa a garotada circular à vontade por ali. Localizada bem em frente ao Country Club, tradicional clube carioca, do qual a família é sócia, a casa virou ponto de encontro dos amigos dos filhos. Quase toda semana, Gabriel pega seu aparelho de DJ, chama a galera e transforma a sala em boate. Nas mãos do garoto, até a ampla mesa de jantar vira uma mesa de pingue-pongue. Chris jura que não liga, mesmo  que a prática tenha provocado rachaduras no móvel. “Eles dão mais festas que eu”, afirma, rindo. “Acho ótimo!” Apesar de ser anfitriã de primeira e já ter recebido personalidades internacionais do mercado da moda, como Stefano Sassi, CEO da Valentino, a consultora segue a linha low profile e, cada vez mais, quer diminuir seus compromissos sociais. Gosta de trabalhar em casa, dançar balé clássico, correr na areia da praia e dormir cedo. “Faço de seis a oito viagens internacionais por ano para acompanhar as tendências e semanas de moda”, conta. “Nessas ocasiões, minha agenda já é bastante agitada.”O ritmo acelerado de trabalho a transformou em uma pessoa “compacta”, como ela mesma gosta de dizer. Chris quase não alterou em nada o décor desde que se mudou para o apartamento e, provavelmente, seu closet não é bem o que suas seguidoras imaginam. Em quantidade, e não em qualidade, claro, já que peças deslumbrantes de Giambatista Valli, Dior, Zadig & Voltaire e Chanel são figurinhas fáceis por lá. “Não gosto de comprar nada para deixar guardado. Tudo que se tem em excesso dá trabalho. E eu já trabalho tanto!”, diz. “Ganho muitas roupas e todo ano faço uma sessão desapego.” Outra surpresa: Chris nunca faz as unhas da mão. Diz ter sido abençoada com a ausência de cutículas. Só vai ao salão para cuidar das unhas do pé, mas nunca as pinta. Também não cultiva uma coleção de cosméticos e seu maior luxo é usar um xampu diferente a cada dia da semana “para não viciar o cabelo”.As madeixas longas e naturais, aliás, se destacam quando ela surge com um longo vermelho Yves Saint Laurent para o ensaio que ilustra esta reportagem. Alta e magra, a dona da casa posa para as câmeras com desenvoltura. Impossível não questionar se já atuou como modelo. “Eu queria, mas minha família proibiu. Agora brinco de modelo com as fotos para o Instagram.” E as imagens que posta fazem o maior sucesso. “O meu forte é a informação. Virei ícone fashion por causa do conhecimento que adquiri em 20 anos de trabalho nas semanas de moda”, afirma. O olhar apurado e o talento nato também ajudam. Após os cliques com o longo vermelho, ela surge de vestido roxo Stella McCartney e, em seguida, de look estampado Isabella Giobbi “para contrastar com a casa neutra”. Fim do shooting. Chris pede para ver tudo. Fica maravilhada e faz um pedido ao fotógrafo: “Manda essa para mim? Juro que não divulgo antes de a revista sair!” Ela não resistiu e postou a imagem dias depois. Tudo bem. A foto é, de longe, uma das campeãs de likes de seu perfil superfashion.

*Reportagem publicada na edição 136, da revista Estilo

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