Ambientes integrados marcam quitinete de apenas 28 m²
Sob tutela da proprietária, o imóvel de 28 m² teve quase todas as divisórias derrubadas, abrindo lugar para o mobiliário compacto e funcional
Nove anos atrás, decidida a cursar a faculdade de arquitetura, Lívia Cavalca saiu de Guaratinguetá, SP, para viver em uma quitinete na capital. Um ano depois, chegou a irmã. Mas o desconforto em relação ao local, presente desde o primeiro dia, persistiu. E com razão: além dos tacos que se soltavam, a área de circulação era pequena, e a luminosidade, mínima. Quando a irmã se mudou para outro endereço, Lívia resolveu enfrentar a tão adiada reforma no apartamento. “Para morar sozinha, não precisava de tantas paredes”, conta ela, que eliminou divisórias, inverteu sala e quarto e cobriu de cimento queimado todo o piso, reforçando a sensação de continuidade dos espaços. Ao decorar, a arquiteta escolheu móveis prontos – alguns novos, cheios de compartimentos, e outros herdados e repaginados. “Prefiro resgatar o antigo a mandar fazer tudo do zero”, diz. Era da avó, por exemplo, o jogo de jantar – a madeira da mesa recebeu verniz. Já as cadeiras foram revestidas de courino e ganharam tachinhas nas costas. Uma delas também serve ao canto de trabalho. Unida à cozinha, a lavanderia esconde-se atrás da parede do computador. Nela cabem apenas uma máquina lava e seca e um varal retrátil. “Quando os amigos vêm, recolho o varal e ele fica imperceptível”, explica. Para chamar a atenção de quem entra no apartamento, Lívia também optou por cobogós amarelos [elementos vazados] e o revestimento inusitado acima da bancada da pia – um porcelanato preto com estampa inusitada: caveiras douradas, em alta na moda e na decoração (Mcqueenn ac, mede 44 x 88 cm, retificado e acetinado, da DecorTiles, marca da Eliane). Seis peças retangulares cobriram a superfície de 1,20 m² (Soluzione Revestimentos, R$ 138,65 cada).
*largura x profundidade x altura. / Preços pesquisados entre 4 e 5 de fevereiro de 2013, sujeitos a alteração.