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A paleta de materiais do escritório paulistano Triptyque

Sem seguir cânones, o Triptyque conquistou o mundo. Pudera: em suas empreitadas, o escritório paulistano nunca se repete ao experimentar diferentes formas de ousadia

Por Reportagem visual Carolina Diniz | Texto Helena Tarozzo
Atualizado em 19 jan 2017, 13h20 - Publicado em 4 fev 2015, 15h19
00- trabalho do grupo franco-brasileiro Triptyque

Vanguarda com um toque de bossa. Essa é uma das definições cabíveis do trabalho do grupo franco-brasileiro Triptyque, responsável por inovadores projetos de arquitetura dentro e fora do Brasil. Autor de um bom número de prédios, lojas e casas, o conjunto formado por Carolina Bueno, Guillaume Sibaud, Greg Bousquet e Olivier Raffaelli (da esq. para a dir.) deixa sua marca contemporânea por onde passa desde 2000. No recém-finalizado Groenlândia, edifício comercial em São Paulo instalado onde antes funcionava uma residência, a palavra-chave é contraposição. “Refletimos sobre os materiais, pensando em oposições e paradoxos na hora de combinar pedras brutas com vidros transparentes”, diz Carolina. O resultado? Uma construção que parece desafiar as leis da gravidade.

01-trabalho do grupo franco-brasileiro Triptyque

1. Realizada pela Brandão e Marmo, a laje de concreto foi lixada para adquirir acabamento brilhante.

2. Além do portão, os guarda-corpos e parapeitos também levam barras de ferro pintado de cinza-grafite, com cabos de aço inox de 3/16”. Execução da Serralheria Paulifer.

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3. O mármore cachoeiro White (Granicut) reveste a construção e compõe os brises de pedra, feitos de folhas pivotantes de 3 cm de espessura. Com instalação, o m² custa R$ 600.

4. Nas portas e na faixa de vidro se utilizam folhas do tipo cristal incolor temperado de 10 mm R$ 230 o m²), da Primo Vidros. A aplicação da película de segurança acresce R$ 200 ao preço do m².

5. Cada bloco de concregrama da Neorex mede 45 x 60 cm, com 9 cm de altura, e sai por R$ 13.

02- trabalho do grupo franco-brasileiro Triptyque

1. Suspensa sobre a faixa de vidro, a laje de concreto protendida parece futuar. Internamente, porém, dois pilares se encarregam da sustentação.

2. Fino e discreto, o portão de ferro e fos de aço condiz com o minimalismo do edifício.

3. As chapas de mármore (2,60 x 1,60 m) foram colocadas como numa fachada ventilada: presas na estrutura metálica fixada nas paredes externas.

4. Como fica no alto, o vidro reforça a leveza visual do projeto. As folhas de 1,07 x 2,20 m ganharam uma película de segurança, que oferece proteção extra contra quebra e estilhaços.

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5. Para a garagem, elegeu-se o piso de concreto vazado entremeado de grama, que permite a drenagem da água da chuva.

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