6 soluções que renovaram a cobertura carioca
No prédio mais alto do Leblon, este dúplex ganhou nova escada, cozinha ligada ao terraço, banheiro com vista e revestimento de cimento polimérico nas paredes
Por Por Simone Raitzik (visual e texto) | Projeto Houseinrio | Fotos André Nazareth
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19 Jan 2017, 14h12 - Publicado em 14 Nov 2013, 16h56
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Cozinha no alto. A planta deveria tornar-se mais prática, sem excessos. Para quê, então, ter duas cozinhas, uma convencional e outra gourmet, como é comum nessas coberturas? O arquiteto Rodrigo Cardoso, que assina o projeto com Jean-Luc Boucharenc, da HouseInRio, optou por alocar o ambiente no andar superior, junto ao terraço. A mesa, com tampo de granito preto absoluto texturizado e base de concreto, foi dividida em duas para permitir o deslocamento da esquadria. Armários com acabamento de alumínio laminado da Kitchens.
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Sofá de alvenaria. Para lidar com o formato irregular da planta, cujas paredes não formam ângulos de 90 graus, os arquitetos desenharam um sofá de alvenaria, sob medida para o espaço dedicado à sala de TV. Com 40 cm de altura, a estrutura foi revestida com o mesmo material das paredes (Microcimento cinza, da Microfoor), acompanhando o tom minimalista e industrial de todo o projeto, que manteve as vigas aparentes.
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Escada-escultura. A antiga escada caracol que levava ao segundo piso foi substituída por uma mais leve, montada com aço corten (execução da MRE Metálica). “O guarda-corpo se integra ao desenho e serve também como apoio para a estrutura, porque é chumbado no piso e na laje do teto”, revela Rodrigo, que optou também por degraus vazados. “A ideia era realmente fugir do padrão convencional e criar o efeito de uma escultura”, completa.
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Boxe de seixos. Para fugir dos revestimentos frios no boxe do chuveiro, que fica aberto para o quarto, os arquitetos buscaram uma textura mais natural, que trouxesse um clima relaxante para o ambiente. Nessa área, seixos rolados em tons de chumbo (fornecidos pela Palimanan em telas de 30 x 30 cm e fixados sem rejunte na base impermeabilizada) forram a parede e o piso. A bancada ao lado, de granito preto absoluto, tem linhas retas, como uma mesa, e recorta a cuba na própria estrutura (Graninvel Marmoraria).
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Banho com vista. Quer luxo maior? A caixa de vidro laminado 10 mm, acessada por um vão de 0,60 x 2,65 m, está totalmente integrada ao quarto. A fixação dos painéis, sem metais aparentes, exigiu encaixe em perfis de alumínio (em forma de U), engastados no chão e na laje. O piso, no resto do ambiente, segue o mesmo padrão de todo o apartamento: porcelanato que simula placas de concreto (Concretissyma, da Portobello, com 1,20 x 0,60 m).
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Só transparência. No segundo piso, o projeto partiu do zero para criar uma área social completa. “Não havia nada ali, só um terraço. Fechamos o ambiente com largos painéis de vidro transparente, de até 2 m de comprimento, em função da vista”, fala o arquiteto Rodrigo Cardoso. A iluminação, tênue, é toda dimerizada e feita com spots de lâmpadas dicroicas, embutidas no teto de gesso. “Ali é um mirante particular. O nascer e o pôr do sol são verdadeiros espetáculos, por isso a luz precisa ser controlada para não rivalizar com a paisagem”, afirma.
Dois apartamentos se uniram para criar esta cobertura. “Quando o atual proprietário comprou, o imóvel já era assim, mas estava completamente demolido. Redividimos todo o espaço”, explica o arquiteto Rodrigo Cardoso. Veja abaixo como ficou:
Uma metade coberta, a outra não: em cima, sala de estar, cozinha e lavabo se unem a um terraço com direito a uma pequena piscina. A intervenção seguiu a legislação, que permitia ocupar 50% do espaço com a área coberta.
Só a área íntima: na parte inferior, a nova planta redividiu o espaço em três confortáveis suítes, com banheiros integrados, além da sala de TV. “Por causa dessa mexida, tivemos que elevar o piso no estar em 17 cm, para passar a rede de esgoto sem precisar quebrar a laje”, afirma o arquiteto Jean-Luc Boucharenc.
Área: 200 m²; Construção: Areas Engenharia