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Morador luta para revitalizar as margens de um córrego canalizado

Reflorestadas voluntariamente, as margens de um rio canalizado mudaram a paisagem do bairro da Penha, em São Paulo, e fizeram vizinhança e prefeitura entenderem o valor do cuidado com as águas.

Por Texto Giuliana Capello
Atualizado em 20 dez 2016, 22h06 - Publicado em 4 fev 2015, 17h54

É comprovado que a vegetação fortalece as nascentes e os rios urbanos; melhora a qualidade do ambiente; e garante uma cidade mais agradável de viver. Foi pensando nisso que, em 2003, o empresário Hélio da Silva, morador da Penha, na zona leste paulistana, decidiu plantar mudas nas margens retificadas do Riacho Tiquatira. Sonhava com um bairro melhor para o neto no futuro. Anos antes, o rio fora canalizado para dar lugar ao asfalto de uma das principais avenidas da região. “A faixa de terra entre a água e a rua deveria ter mata ciliar para proteger o córrego, mas estava abandonada – parecia um lixão. E as pessoas a usavam para estacionar carros e frequentar as lojas do outro lado da via”, conta. Depois de quatro anos de plantios semanais (a maioria de espécies da Mata Atlântica), a iniciativa individual chamou a atenção da prefeitura, que, em 2007, transformou o novo corredor arborizado, com 3 km de extensão, no Parque Linear Tiquatira, o primeiro do gênero na metrópole. Mas Hélio não parou. Hoje, as mais de 17 mil árvores enraizadas por ele dividem espaço com os visitantes, que caminham sob sombra fresca. “Quero chegar à marca das 50 mil. Precisamos do verde para salvar a vida de nossos cursos d’água e, assim, devolver este recurso natural à cidade”, conclui.

Nova área de lazer

Com 320 mil m², o Parque Linear Tiquatira virou exemplo de revitalização urbana.

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