Arco-íris no prato: os benefícios e significados de cada cor de alimento
Especialistas garantem que pratos coloridos fazem muito bem para a saúde, entenda o porquê
Além de serem mais atrativos para os olhos, pratos com cores variadas também são importantes para ajudar a manter a saúde em dia. Isso porque as cores dos alimentos indicam quais são os benefícios e nutrientes de cada ingrediente – e quanto mais cores, mais nutritivo é o prato.
“As refeições coloridas são mais bonitas e garantem variedade de micronutrientes, vitaminas e minerais, já que pigmentos indicam a presença de substâncias diferentes”, garante Melissa Carpi, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento, da Jasmine Alimentos, especializada em alimentação saudável.
Muito além dos tradicionais “verdes”, um prato saudável precisa ter diversidade de cores, que indicam uma variedade de substâncias bioativas. “Não existe uma regra sobre quantas cores devem ser consumidas em cada refeição. No entanto, faz muito bem consumir entre três e cinco cores diferentes diariamente”, conta Melissa.
Ela destaca ainda a importância de variar o cardápio, garantindo ampla oferta e aporte nutricional, sem o risco de enjoar com a repetição dos alimentos. “Temos tantas opções de alimentos e cores que é fácil compor um menu diversificado. Digo que as cores podem ser utilizadas como direcionamentos para montar um cardápio completo em matéria de nutrientes”, finaliza.
Confira abaixo as principais características dos alimentos, indicadas pelas suas cores!
Benefícios e significados das cores dos alimentos
Amarelos e alaranjados
Alimentos como cenoura, milho, abóbora, pimentão amarelo, manga e laranja contêm uma substância chamada betacaroteno. Essa substância, quando consumida, é metabolizada em vitamina A pelo organismo. Outras propriedades como a zeaxantina, os flavonoides e o licopeno também fazem parte da composição dos alimentos amarelados e exercem função protetora do sistema imunológico.
Esse grupo alimentar ainda exerce papel importante na visão e na saúde da pele e dos cabelos. Os alimentos amarelados fornecem, ainda, vitamina C, componente que previne infecções
Vermelhos
Os ingredientes avermelhados como tomate, melancia, goiaba, pimentão vermelho, beterraba e frutas vermelhas, em geral, possuem componentes chamados licopeno, quercetina, ácido elágico e hesperidina.
Essas quatro substâncias têm propriedades antioxidantes e estão relacionadas à saúde dos tecidos. Os alimentos vermelhos ainda aumentam a sensação de disposição e bem-estar, contribuindo para o tratamento do estresse.
Verdes
Insubstituíveis e necessários em todos os menus, brócolis, ervilha, espinafre, couve, quiabo, alface, abacate, kiwi e outros alimentos verdes contêm carotenóides, betacaroteno, além de luteína, zeaxantina, potássio, folato e vitaminas A, E e C. Esses nutrientes estão associados à saúde dos olhos e à redução do risco de degeneração macular.
“Os alimentos verdes também têm potencial desintoxicante das células e combatem os radicais livres, auxiliando na limpeza do organismo. O componente verde desses itens é oriundo da clorofila, importante antioxidante celular”, explica Melissa.
Roxos e marrons
Menos comuns, mas igualmente necessários, os alimentos como mirtilo, figo, ameixa, soja, arroz integral, lentilha, uva roxa e cacau são fontes de flavonoides, como antocianinas (pigmento associado à vitamina B1) e quercetina, e de carotenóides, como luteína e zeaxantina.
Todos os compostos citados contribuem para a manutenção da função cerebral adequada e do fluxo sanguíneo, além de serem antioxidantes. Esses alimentos aumentam a vitalidade, auxiliam o sistema nervoso e protegem o coração.
Brancos
Alimentos como cogumelo, banana, feijão branco, cebola, nabo e couve-flor contêm fitoquímicos, responsáveis por modular o sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo.
Ainda, são ingredientes ricos em potássio e cálcio que auxiliam na manutenção dos ossos, na regulação dos batimentos cardíacos e são importantes para o bom funcionamento do sistema nervoso e dos músculos.
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