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Retrofit de antigo museu holandês imita estrutura geológica

Planejado pelo escritório Neutelings Riedijk em colaboração com a estilista Iris Van Herpen, o projeto renovou o volume anterior e incluiu novas estruturas

Por Yara Guerra
Atualizado em 26 dez 2019, 11h00 - Publicado em 26 dez 2019, 10h00
(Scagliola Brakkee Fotografie/Divulgação)

Em colaboração com a estilista Iris Van Herpen, o escritório de arquitetura holandês Neutelings Riedijk projetou o “Naturalis”, o Instituto Nacional de Pesquisa em Biodiversidade da cidade de Leiden.

Datado de 1820, com sua fundação pelo Rei Willem I, o prédio se viu diante da urgente necessidade de reforma, devido a um crescimento exponencial de visitantes na última década, com mais de 400.000 visitantes por ano.

Assim, o time de arquitetos buscou criar um conjunto sustentável de edifícios existentes e novas construções, com cada atividade alojada em uma forma específica e conectada por um átrio central inundado por luz. Atemporal, o novo complexo reúne uma coleção crescente de 42 milhões de objetos sob o mesmo teto.

(Scagliola Brakkee Fotografie/Divulgação)

Externamente, as salas de exposições da Naturalis são envoltas em camadas horizontais de blocos de pedra, que imitam uma estrutura geológica, com cristais naturais embutidos em travertino, que conferem um brilho luminoso à fachada do edifício.

Essas camadas de pedra são interrompidas por elementos brancos de concreto projetados por Iris Van Herpen. À convite da Neutelings Riedijk, a estilista holandesa criou um total de 263 painéis desenhados a partir das formas naturais encontradas em toda a coleção do Instituto.

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Suaves como seda em suas aparências, as estruturas lembram tecidos fluidos – um aceno para os designs inovadores de vestidos de Van Herpen.

(Scagliola Brakkee Fotografie/Divulgação)

Já no interior do museu, as instalações de última geração acomodam mais de duzentos pesquisadores, cujos estudos se concentram em questões globais, incluindo mudança climática, declínio da biodiversidade na terra, suprimento de alimentos e qualidade da água.

Enquanto isso, o novo prédio oferece ao público a chance de experimentar a riqueza e a beleza da natureza. Um átrio central conecta as várias partes do Instituto: os escritórios e depósitos existentes com o museu e os laboratórios recém-construídos.

É ele também quem compreende uma estrutura de concreto tridimensional, na forma de moléculas entrelaçadas de ovais, triângulos e hexágonos, e filtra a luz através de janelas circulares de proporções generosas.

(Scagliola Brakkee Fotografie/Divulgação)

As áreas públicas do edifício – incluindo um restaurante, loja e salão de exposições – são encontradas no térreo, onde os visitantes podem ver os exames das últimas baleias encontradas em terra.

Dentro do museu, o designer holandês Tord Boontje exibe quase 100 painéis de parede coloridos. Assumindo a forma de histórias visuais, a instalação combina fotografia e desenho para revelar as maravilhas do mundo natural através de requintados padrões de fauna e flora.

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