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Você sabe como está a qualidade do ar dentro da sua casa?

Confira quais são os riscos dos Compostos Orgânicos Voláteis (COVs), liberados por alguns revestimentos.

Por Redação
6 ago 2024, 13h00
Papel de parede floral e toques de azul dão ar cozy à este apê de 200m². Projeto de Ana Cano. Na foto, sala de estar com sofá cinza.
 (Gustavo Bresciane/Casa.com.br)
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Sintomas como tosse, irritação nos olhos, alergias, problemas pulmonares e vasculares são clássicos da exposição excessiva à poluição, que afeta diretamente o meio ambiente e a saúde humana.

Porém, a poluição não se restringe apenas ao ar livre das grandes cidades, ela também pode ser um problema dentro de nossas próprias casas e ter uma série de potenciais agravantes.

A vista para a Lagoa é o pano de fundo dos ambientes deste apê de 150 m². Projeto de Joaquim Meyer. Na foto, sala de estar com vista para o Cristo, banco e plantas.
(André Nazareth/Casa.com.br)

Isso quer dizer que residências, comércios e escritórios têm a qualidade do ar comprometida.

Para explicar melhor como isso acontece, a empresa Tarkett listou alguns motivos pelos quais você deveria se preocupar mais com essa questão:

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Como ocorre a poluição interna?

Estudos da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) apontam que a concentração de poluentes no ar interno pode ser, na média, de duas a cinco vezes maior do que ao ar livre.

Esse dado impressiona, mas fica ainda mais alarmante se considerarmos que a maioria das pessoas passa, em média, 90% da vida em ambientes fechados e com baixa ou nenhuma circulação de ar. 

“Poetas do Futuro por Deca”, ambiente de Nathália Xavier para a CASACOR SC 2023. Na foto, living com tapete azul, sofá branco e mesa de centro.
(Mariana Boro/CASACOR)

Não é à toa que a EPA classifica a poluição do ar interno como um dos cinco principais riscos à saúde relacionados às condições ambientais. E a decoração da sua casa pode ser um grande fator disso. 

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“Para nos atermos somente ao universo dos pisos vinílicos, infelizmente, ainda existem fabricantes que não abrem mão de utilizar formaldeídos e ftalatos na composição dos produtos. Essas substâncias são utilizadas, principalmente, para amolecer e dar flexibilidade a produtos plásticos, mas resultam na emissão de gases por meses ou até anos após a instalação, trazendo como efeito colateral um risco à saúde das pessoas”, explica Vanessa Costa, coordenadora de treinamento e ReStart da Tarkett.

Projeto de Escala Arquitetura. Na foto, quarto com camas de solteiro, estante de marcenaria com espaço para tv e duas bancadas para estudos.
(Produção visual: Andrea Falchi/Fotos: André Nazareth/Casa.com.br)

O risco às pessoas e aos bichinhos de estimação aumenta ou diminui a depender do tipo, concentração, frequência e tempo de exposição às substâncias tóxicas, o que vem mobilizando a elaboração de normas técnicas e regulações específicas não apenas no Brasil, mas também no mundo, em um esforço para encontrar índices que ofereçam um mínimo de segurança.

“A regulação ajuda, é claro, mas, no fim das contas, o que vai determinar a sobrevivência ou não deste tipo de produto são as escolhas do consumidor, que ainda são baseadas principalmente no menor preço combinado a atributos estéticos e funcionais”, afirma Vanessa.

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O risco dos Compostos Orgânicos Voláteis (COVs)

Entre os poluentes internos, destacam-se os produzidos durante o processo de cozinhar e os diversos gases conhecidos como Compostos Orgânicos Voláteis (COVs), que são emitidos por produtos de limpeza, cosméticos, objetos de decoração, pisos e outros materiais de construção.

Eles são chamados de voláteis porque possuem baixo ponto de ebulição, ou seja, são substâncias líquidas que podem facilmente se transformar em gases e se espalhar rapidamente pelo ar.

Varanda integrada com persianas de tecido, cadeiras verdes e mesa lateral.
(Alberto Ricci/Casa.com.br)

Acima dos níveis aceitáveis, eles se tornam os grandes vilões da saúde e do bem-estar dentro de casa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a inalação a curto e a longo prazo destes compostos pode contribuir para irritações e intoxicações, bem como asma e câncer.

Existem COVs que são mais ou menos voláteis, o propano, butano, formaldeído, limoneno, tolueno, acetona, etanol, propanol e hexanal são exemplos clássicos citados pelos órgãos de saúde.

Ambiente com piso vinílico amadeirado.
Piso Vinílico Cor Novara (Régua) – Linha Piemonte – Tarkett. (Tarkett/Casa.com.br)

“Todas essas substâncias são largamente utilizadas na indústria para fabricação de diversos produtos e é importante deixar claro que não é a simples presença dela que vai levar a algum tipo de risco para as pessoas. É preciso desrespeitar várias regulações, além de uma combinação de fatores, para que isso se transforme em um problema de saúde, mas a grande questão é que existem fabricantes que não apresentam qualquer tipo de informação ou comprovação do que foi utilizado na fabricação. Não dá pra garantir que é seguro”, alerta a coordenadora da Tarkett.

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Como reduzir o impacto dos COVs e da poluição dentro de casa?

Melhorar a circulação de ar dentro dos cômodos e utilizar exaustores na cozinha e nos banheiros são medidas simples que contribuem com a redução da poluição em ambientes internos.

Reforma cria estante em gesso acartonado para acomodar tubulações. Projeto de Fernanda Medeiros. Na foto, sala, estante de nichos, ar condicionado, tapete azul, sofá branco.
(Lilia Mendel/Divulgação)

No entanto, para mitigar a emissão de COVs e elevar a qualidade do ar, na hora de construir ou reformar, é fundamental observar os índices de emissão e escolher marcas que prezam pela qualidade de vida e segurança dos clientes, principalmente ao decidir revestimentos e tintas, onde as emissões desses compostos costumam ser um fator.

Embalagens de pisos vinílicos
(Divulgação/Divulgação)

Fique atento às embalagens: a norma brasileira de pisos vinílicos, a NBR 14917, estabelece que os fabricantes devem informar em um selo qual a classificação daquele piso quanto às emissões.

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