Cuba para cozinha: arquiteto explica como escolher

O arquiteto Bruno Moraes explica quais são os principais modelos e materiais de cubas de cozinha, além de dicas para compor com a torneira.

Por Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
23 jul 2025, 13h00
Cuba para cozinha: arquiteto explica como escolher. Projeto de BMA Studio.
 (Guilherme Pucci/Divulgação)
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Na cozinha, as definições corretas dos elementos são extremamente importantes para que o ambiente seja considerado, de fato, o coração das residências. Detalhes como dimensões dos itens e acabamentos sempre figuram na lista, mas a escolha da cuba, muitas vezes, não é um tópico devidamente observado.

“Uma ou duas? Qual o material adequado?” Esses e outros tópicos corroboram para um dia a dia prático e bastante eficiente na rotina da casa. “Os materiais para arquitetura e construção evoluíram bastante e com as cubas o status não é diferente”, pontua o arquiteto Bruno Moraes, à frente do escritório BMA Studio. Veja os pontos abordados por ele na hora de especificá-las em seus projetos.

Dimensões e tipos

Cuba para cozinha: arquiteto explica como escolher. Projeto de BMA Studio.
(Guilherme Pucci/Divulgação)

A escolha das dimensões é parte primária do planejamento. Para o profissional, deve-se fazer uma análise que abrange desde o tamanho da bancada, o uso pretendido para a peça e um estudo do mobiliário e eletrodomésticos que ocuparão o local.

“As pretensões do morador com relação à cozinha são alinhadas nesse momento, pois não há necessidade de incluir uma cuba grande se o emprego no cotidiano do imóvel for pequeno. Com esse cuidado, podemos investir em elementos que realmente farão a diferença na dinâmica do cliente, como uma máquina de lava louça”, pondera o arquiteto. Veja os dois principais modelos:

Cuba para cozinha: arquiteto explica como escolher. Projeto de BMA Studio.
(Guilherme Pucci/Divulgação)
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Cuba de sobrepor

A cuba de sobrepor resulta em uma elevação por conta da justaposição entre ela e bancada, revertendo em acúmulo de água e sujeira. Para tanto, o profissional indica o nivelamento da borda, este desbaste é realizado na marmoraria, como maneira de evitar problemas no futuro. Quando a borda da cuba de sobrepor fica nivelada com o nível do tampo de pedra, chamamos de flush;

Cuba de embutir

No caso da cuba de embutir, ela é encaixada na parte inferior da bancada, não deixando visível a borda que está colada por baixo, enquanto a sobreposta tem sua sobressalência fixada por cima do tampo.

Uma ou duas cubas?

Cuba para cozinha: arquiteto explica como escolher. Projeto de BMA Studio.
(Guilherme Pucci/Divulgação)

Conforme explica o Bruno Moraes, a escolha entre a colocação de uma ou duas cubas depende de variados fatores, mas geralmente a decisão acontece em função da organização e a forma de utilização da cozinha. “No projeto do meu apartamento, combinei a cuba dupla com o triturador de alimentos e a calha úmida para receber as louças e talheres”, compartilha.

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No geral, a presença de uma única cuba é suficiente nas cozinhas em que a simplicidade e economia de espaço são prioritárias. Por outro lado, os cômodos grandes e movimentados, especialmente em imóveis com família com muitos integrantes ou quando o morador gosta bastante de cozinhar, a dobradinha coopera na otimização do fluxo de trabalho.

Materiais

Cuba para cozinha: arquiteto explica como escolher. Projeto de BMA Studio.
(Guilherme Pucci/Divulgação)

Os materiais utilizados nas cubas acompanham o avanço do design e da tecnologia, mas normalmente o arquiteto opta por trabalhar com itens de inox e porcelana – tanto pela durabilidade, quanto pela resistência às manchas e corrosão. Ainda sobre o inox, as versões 201, 304 e 430 são algumas opções de inox, onde cada uma tem a sua diferença de qualidade e custo. O arquiteto pode ajudar a avaliar qual faz sentido para o cliente no uso do dia a dia e quanto pretende investir com este item.

Cuba para cozinha: arquiteto explica como escolher. Projeto de BMA Studio.
(Luis Gomes/Divulgação)
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Já as cubas de porcelana são atraentes quando a ideia é alcançar uma essência mais provençal e retrô na cozinha. Entretanto, à medida que são duradouras e seguras contra manchas, também são pesadas e mais suscetíveis às quebras, comparadas às cubas de inox. “Sempre faço esses apontamentos para que o cliente tenha diante de si os prós e os contras de cada resolução tomada”, analisa o arquiteto.

Sobre o uso de materiais sustentáveis, ele reitera que o mercado de cubas apresenta mais soluções ligadas aos banheiros e lavabos. “O uso de inox não deixa de ser um material reciclável, se executado o descarte correto.” Modelos de cubas de concreto, materiais recicláveis, como sobras de vidros, entre outros materiais recicláveis, observamos em modelos para banheiros ou lavabos, dificilmente observamos soluções como estas para cubas de cozinha.

A acompanhante da cuba: torneira

Cuba para cozinha: arquiteto explica como escolher. Projeto de BMA Studio.
(Luis Gomes/Divulgação)

As tendências em torno desses elementos essenciais refletem a expressão de estilos de vida e preferências estéticas. Acompanhe os detalhes compartilhados pelo arquiteto:

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  • Torneira de parede: o ponto de água fica na parede acima da bancada, que por sua vez é conectada diretamente neste ponto;
  • Torneira de bancada: o ponto de água fica na parede abaixo da bancada;
  • Outras opções: versões com água quente, fria e água com gás; sincronização direta com a Alexa ou Google Home; com ozônio para higienização e com sensor de aproximação, entre outras possibilidades.

Por fim, o profissional faz ressalvas sobre a compatibilidade da cuba com a bancada, a importância de uma perfeita vedação e nivelamento, além da escolha do material de fixação. Acompanhe:

  • A vedação bem executada ao redor e abaixo da cuba, previne vazamentos e infiltrações;
  • Seguir rigorosamente as instruções fornecidas pelo fabricante, haja visto que cada uma demanda requisitos específicos de instalação;
  • Evitar impactos diretos ou força excessiva durante a instalação, impede o risco de rachaduras no material da peça.
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