Bar em homenagem ao Mussum remete à vida e carreira do Trapalhão
Com projeto do Superlimão, estabelecimento no Rio tem até balcão de bar que lembra um copo de cerveja
Com a missão de trazer para o mundo real o imaginário de um dos personagens mais carismáticos da cultura brasileira, o Superlimão foi escolhido para assinar a arquitetura do Bar do Mussum. A Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (cidade natal de Antônio Carlos Bernardes Gomes – o famoso Mussum), é o endereço do bar, e toda a ambientação remete às várias facetas de um artista de múltiplos talentos: humorista, sambista, músico, cantor, compositor e Trapalhão.
Tratando-se de um bar e considerando seu homenageado, a cerveja não poderia deixar de ser um elemento marcante. Logo na entrada, Mussum recepciona os visitantes estendendo uma garrafa da sua bebida favorita, o “suco de cevadis”, num forro retro iluminado com ares de afresco.
Para completar o acesso ao paraíso do Mussum, o balcão principal foi especialmente desenvolvido para remeter a um grande copo americano cheio de cerveja, com direito a colarinho. Estudos e testes foram feitos pelo time do escritório para que as proporções fossem idênticas às do copo, um clássico dos botecos. A tonalidade aplicada no vidro foi resultado de estudos do Atelie Benini, que estudou a Cerveja Cacildis, marca que também homenageia Mussum, para chegar à cor ideal. A iluminação em LED destaca as bolhas, aumentando ainda mais a sensação de um copo recém-servido.
O “mé”, outro apelido carinhoso do Trapalhão para a cerveja, está representado por todo o espaço. Isto porque um “pé de mé”, sonho antigo do personagem, virou realidade – pelo menos no bar. Caule e troncos abraçam toda a loja, espalhando seus frutos pelo espaço. No caso, latinhas de cerveja. A cor escolhida tem motivo: lembra a grande torneira de cobre vista no “Mágico de Oróz”, filme clássico dos Trapalhões. A referência também aparece na chopeira.
Outras memórias dispostas pelo salão tornam o bar uma espécie de museu do Mussum. Sua família cedeu material original do passado, enquanto aparelhos antigos de TV passam trechos de episódios e filmes dos Trapalhões e de apresentações dos Originais do Samba, grupo de samba tradicional que Mussum integrou como Carlinhos da Mangueira. Pontos “instagramáveis” completam a ambientação, como as ovelhas aplicadas de perfil nos espelhos. O reflexo duplica a imagem e completa o corpo do animal, que diz em neon: “mé!”.
Para potencializar a atmosfera de boteco que o Bar do Mussum pedia, a área externa seria essencial. Localizado em um shopping a céu aberto, o bar tem sua fachada voltada para um boulevard. Ali, os visitantes aproveitam ao ar livre, principalmente nos momentos de roda de samba. Engradados de cerveja foram usados como mobiliário, compondo com mesas e cadeiras leves, que facilitam a adaptação do bar conforme a dinâmica de cada dia.
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