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O arquiteto Rafael Leão, do Studio 3.7 Arquitetura e Interiores, converteu a varanda do apartamento paulistano em um ambiente polivalente, com cinco funções.
(Foto: Paulo Santos/)
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Elas vieram para ficar: não é de hoje que deixaram de ser um simples canto de relaxamento no apartamento. Com finalidades e estruturas cada vez mais surpreendentes, as varandas já desfrutam do status de espaço cobiçado . Essa vocação híbrida possibilita diferentes formas de ocupação: sala de estar ou de jantar , escritório , salão de jogos e até cozinha . Também podem ser convertidas em extensão natural do living , desde que haja um sistema de isolamento contra o vento e o barulho. Vale saber: a multiplicação desses espaços decorre, entre outras razões, do código de zoneamento de algumas cidades. Eles permitem que, até certo limite, os terraços não sejam computados como área útil dos edifícios . No entanto, antes de empreender qualquer transformação no ambiente, é preciso saber se sua estrutura comporta as modificações e se existem impedimentos legais e do condomínio . Cada município tem suas próprias normas quanto ao fechamento, nivelamento e outras intervenções. Por isso, o projeto de arquitetura deve levar em conta todas essas questões.
1/12 O arquiteto Rafael Leão, do Studio 3.7 Arquitetura e Interiores, converteu a varanda do apartamento paulistano em um ambiente polivalente, com cinco funções. Todas as microambiências conversam de forma harmônica e se integram ao living, separado pelas portas de correr de vidro originais, mantidas. Para tanto, o piso e o forro foram nivelados e a iluminação, uniformizada, com lâmpadas dicroicas pontuais. A marcenaria (Marcenaria Silva & Suzuki), toda de freijó, se encarrega de reforçar a unidade. Assim, o trecho em L de 66 m² ganhou sala com lareira, além de um canto com churrasqueira e áreas de trabalho, descanso, estudos e jogos. A lareira a gás (LCZ Lareiras) ocupa o centro da mesinha de travertino romano bruto (Mont Blanc Mármores), de 35 x 60 x 200 cm. (Foto: Paulo Santos) 2/12 Entre as soluções, se impõe a estante de livros – a família toda adora ler. No chão, porcelanato de 90 x 90 cm (ref. Urban Concreto, da Portinari). (Foto: Paulo Santos) 3/12 Uma churrasqueira e nada mais. Assim era constituída a varanda de 18 m² do apartamento em São Paulo. Como a família é aficionada por gastronomia e a cozinha era pequena, tiveram a ideia de criar uma segunda área no terraço para preparar pratos e receber convidados. Responsável pelo projeto, o DT Estudio nivelou o piso e retirou a porta de correr que isolava o local, instalando um batente de madeira. Na parede, azulejos Liverpool White (Portobello). Marcenaria da Real Móveis. (Foto: Paulo Santos) 4/12 Para transformar o espaço da varanda em uma cozinha, este projeto exigiu uma pequena obra além da troca de revestimentos, começando pela tubulação. O sistema hidráulico conectou-se ao ponto de água da churrasqueira antes existente, removida na reforma. Tudo isso feito sob a laje, pelo forro do andar de baixo, área comum do prédio. Já a parte elétrica foi puxada do quarto situado bem ao lado na planta. (Foto: Paulo Santos) 5/12 O apartamento recém-comprado ostentava uma varanda generosa, com quase 11 m de comprimento. O problema era a largura: apenas 2,5 m. Os novos donos queriam que o espaço comportasse uma mesa de jantar e uma sala de estar, mas a estrutura não ajudava. A solução dada pelo arquiteto Felipe Hsu foi instalar um banco de freijó junto ao guarda-corpo, ligando as duas extremidades do terraço e assegurando unidade ao ambiente. Piso de travertino romano bruto. (Foto: Paulo Santos) 6/12 Este trecho recebeu sofá, poltrona e mesa de centro, tornando-se uma extensão da área social adjacente. (Foto: Paulo Santos) 7/12 Em vez de cortinas, dois modernos painéis móveis se posicionam para regular a entrada de claridade e preservar a vista privilegiada deste apartamento paulistano. Essa solução norteou a arquiteta Flávia Gerab ao incorporar a varanda em L de 25 m² à sala. De azulejos (Alexandre Mancini) com moldura metálica e madeira laqueada no verso, os quadros correm por toda a varanda, bloqueando o sol de acordo com a hora do dia. Cada um mede 1,10 x 2,45 m. “A divisão de ambientes não fazia sentido para os moradores, um jovem casal, sobretudo porque eles costumam receber muitos convidados ao mesmo tempo”, explica Flávia. A obra nivelou e uniformizou piso e forro e removeu os caixilhos existentes. No piso, peças de diferentes cores de superfície de quartzo (Silestone) se combinam com tacos de sucupira (RB Pisos de Madeira) na paginação escama de peixe. (Foto: Marco Antônio) 8/12 A vegetação em vasos de pano comprados em viagem imprime um charme especial e realça o aspecto solar do novo espaço. (Foto: Marco Antônio) 9/12 O deck de cumaru vai além do piso e reveste não só o sofá voltado para a vista como também esconde o ar condicionado. Trabalho da Moraes Marcenaria. (Foto: Ricardo Bassetti) 10/12 A cozinha gourmet foi anexada ao jantar. No piso, porcenalato de 1,20 x 1,20 m da Lappatto. A marcenaria (Eduardo Moreno Marcenaria) tem papel essencial no projeto, que aplicou o mesmo carvalho francês nos painéis e no mobiliário, interligando os ambientes. (Foto: Paulo Santos) 11/12 Quando a família contratou o escritório Storrer Tamburus para pensar a obra do apartamento de 352 m² em São Paulo, um dos objetivos era dar mais amplitude à ala social. “Propusemos incorporar completamente a varanda de 80 m², gerando um grande espaço aberto”, explica o arquiteto Fábio Storrer. Uma das sacadas da nova distribuição foi conectar tudo, a exemplo do sofá único, que pode ser usado em ambos os lados, atendendo, ao mesmo tempo, o estar e a área da TV. O escritório também foi incluído nesse trecho. Piso e forro foram nivelados e a varanda em L ganhou proteção de vidro (Sistema Vão Livre), com folhas laminadas de 10 mm de espessura em perfis de alumínio. (Foto: Paulo Santos) 12/12 O desafio estava posto: transformar uma varanda de 20 m² que os moradores mal conseguiam utilizar em um ponto de convívio aconchegante. Para tanto, era preciso esconder o inconveniente aparelho de ar condicionado e reinventar o ambiente a partir dos elementos já incorporados pelos clientes. “A proposta era criar uma sala de estar para receber os amigos sem perder a essência de local aberto e relaxante”, diz a arquiteta Andrea Lucchesi, do Mestisso, autor do projeto. O mobiliário foi escolhido para harmonizar com os tons do piso de ladrilho hidráulico que já havia sido colocado pelos clientes. (Foto: Ricardo Bassentti)