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Portas deslizantes deixam este apartamento aberto quando convém

Num emblemático edifício paulistano, um jovem arquiteto reformou o apartamento de essência moderna para deixá-lo mais amplo e cheio de verde

Por Produção Deborah Apsan | Texto Amanda Sequin
Atualizado em 22 fev 2024, 14h06 - Publicado em 30 out 2015, 09h00

Jovem arquiteto de ascendência oriental, Rogério Shinagawa passou a infância em São José do Rio Preto, SP. Seu jeito no trato com as plantas, herdado do avô, o levou a iniciar uma coleção de orquídeas ainda durante a faculdade, cursada em Campinas, também no interior paulista. Depois de formado, ele se mudou para a capital do estado e, anos mais tarde, passou a procurar um cantinho próprio. Foi nessa época que visitou amigos instalados no bairro de Perdizes e se interessou pelas áreas comuns de determinado edifício. “Eu me encantei pelo amplo jardim, algo bem difícil de encontrar no meio da metrópole. A unidade à venda tinha uma varanda ótima para as minhas flores, vista da copa das árvores…”, lembra.

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Ao receber a planta detalhando os 120 m² de área, descobriu que o prédio, dos anos 50, trazia a assinatura de Plínio Croce (1921-1984), Roberto Aflalo (1926-1992) e Gian Carlo Gasperini, sócios num escritório que ajudou a desenhar São Paulo nas últimas décadas. A construção em que comprara seu apartamento havia sido até mesmo premiada na IV Bienal de São Paulo, na categoria Habitações Coletivas, em 1957. Estava explicada a estrutura esguia e alta, que recebe boa insolação tanto na face leste, pela manhã, quanto à tarde, no lado oeste, através de janelas amplas. Erguido segundo o ideário modernista, o edifício-lâmina casou perfeitamente com o desejo do proprietário por ambientes arejados, funcionais e mutáveis.

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Com o auxílio da sócia, a arquiteta Eliana Corsini, Rogério concebeu a nova configuração do local: o aposento de serviço converteu-se em dois banheiros, um par de dormitórios transformou-se numa suíte, e um terceiro agora funciona como sala de TV ou quarto de hóspedes, já que persianas fazem as vezes da parede que veio abaixo. Portas de correr ou do tipo camarão isolam os cômodos quando convém, embora o morador prefira mantê-las abertas para encher a casa de luminosidade natural e avistar as plantas – sempre ao som de música tocando suavemente.

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