A cozinha foi parar na varanda neste apartamento de 38 m²
O terraço de 11 m² era grande demais para não entrar na dança. Ao questionar a lógica da planta original, este projeto em São Paulo extraiu o máximo do espaço restrito
A localização pesou na escolha quando Kassia e Danilo estavam à procura de um novo apartamento. Gerente de operações de uma empresa, ela queria se livrar do carro e do estresse que enfrentava por uma hora e meia no trânsito até chegar ao escritório. O marido, com um emprego no interior paulista, onde passa a maior parte da semana, não viu objeções em acatar a vontade dela de morar perto do trabalho. Na difícil busca do imóvel perfeito, encontraram este conjugado de 38 m². Ponto a favor: o serviço de Kassia está a apenas três quadras de distância. Mas, sim, era bem menor do que desejavam. Acostumados com espaço de sobra no antigo lar, temiam a adaptação. “Tive receio até o momento em que mudamos. Achei que ficaria abafado, e que não caberiam nossas coisas”, admite ela.
Na disposição original, a cozinha se limitava a uma pia estreita, sem bancada, alocada na lateral da sala. Uma tristeza para quem, como Danilo, tem hábitos de chef. Veio, então, a pergunta decisiva da arquiteta Marcela Madureira – por que não levar o ambiente para a varanda, onde já existia outra pia? O terraço era grande e ocupava parte significativa da área total. Não haveria tanta perda ali com a instalação de uma ilha equipada com cooktop, forno elétrico e máquina lava e seca. Esse núcleo, agora, concentra as refeições (há duas banquetas no balcão) e as tarefas de lavanderia (ambiente que, formalmente, não existe na planta).
A profissional também propôs ampliar a configuração com pequenos truques – caso da divisória de cobogós entre a sala e o quarto. Outra cartada fundamental é o armário de 4,70 m de comprimento, que percorre o apartamento de ponta a ponta e guarda desde louças e copos até materiais de limpeza, sapatos e algumas roupas. “Hoje, nossa vida é mais prática em vários aspectos. Faço tudo a pé e deixei de lado os supérfluos. Descobrimos que não precisamos de muito para viver bem”, diz Kassia.










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