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Vencedoras de concurso ganham espaço para expor na Casa Cor

Projeto da arquiteta Alessandra Shintaku venceu concurso para decorar o banheiro masculino da Weekend House. 

Por Da redação
Atualizado em 20 dez 2016, 16h01 - Publicado em 24 abr 2013, 20h01

Matéria alterada às 22h de 07/05/13. O texto anterior dizia que o júri do concurso era composto pelos membros do comitê curador da Casa Cor: Roberto Dimbério, Claudia Moreira Salles, Cristina Ferraz, Tuca Reines, Waldick Jatobá, conforme informação emitida pela assessoria de imprensa da mostra. 

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A arquiteta Alessandra Shintaku e sua assistente Camila Dall’Oca venceram o concurso cultural da Casa Cor e vão poder montar gratuitamente o Banheiro Masculino, da Weekend House da próxima edição da mostra em São Paulo, que começa dia 28 de maio.

“Estar na Casa Cor é uma experiência única, que nos abrirá muitas portas no mercado e trará uma grande visibilidade para o nosso trabalho”, comemorou Alessandra. “A mostra é referência e um grande público terá contato com a nossa criação”, completou. Para o tema do concurso, The 80’s High Tech, as arquitetas criaram um ambiente cujas paredes têm ícones da década, como fitas cassete, discos de vinil e até uma guitarra elétrica. Os revestimentos têm cores fortes e contrastes de texturas.

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O projeto foi escolhido entre 26 concorrentes por um júri composto por Cristina Ferraz,membro do comitê curador da Casa Cor São Paulo, a diretora de relacionamento da mostra com o mercado,Danieli Mastropieto, diretora de produção do evento e Luciana Rando de Macedo Bento, diretora técnica adjunta do Conselho de Arquitetura e Urbanismo. Segundo a assessoria de imprensa da Casa Cor, o júri levou em conta a funcionalidade do espaço, acessibilidade e circulação, além da coerência com o tema. O concurso era destinado a profissionais nascidos nos anos 80 e foi feito através de uma plataforma online de arquitetura, o Click Arq.

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O concurso foi uma oportunidade de ouro para os jovens, já que a mostra é bastante disputada. Interessados em expor na Casa Cor precisam enviar amostras do seu trabalho para o comitê curador, que seleciona os participantes. Se aprovados, recebem um convite para a exposição e pagam pelo espaço. Além disso, arcam com os custos de montar o ambiente – móveis são geralmente emprestados e materiais de construção são fornecidos por empresas interessadas em exibir seus produtos. Alguns desses fornecedores pertencem aos patrocinadores da Casa Cor – nesse caso, produtos de seus concorrentes diretos não podem ser utilizados nos ambientes.

Críticas

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Somente arquitetos paulistanos com registro no Conselho de Arquitetura e Urbanismo puderam participar do concurso, fazendo com que designers de interiores se sentissem excluídos da mostra:

“Como pode uma mostra de design excluir dessa forma discriminatória os profissionais que representam o seu nome? Estudamos especificamente para exercer essa função, contudo somos excluídos e temos a nossa profissão depreciada. Estamos esperando o dia em que teremos a chance de mostrar que temos potencial e que não precisamos ficar à sombra dos arquitetos”, criticou a designer de interiores Ana Carolina Fontis. 

“Fiquei muito triste com os requisitos!”, comentou o também designer de interiores Rodrigo Marques. “E os designers de interiores? Não podem participar?”, acrescentou. 

Interrogada sobre o assunto, a direção da Casa Cor enviou uma nota: “Como esta foi a primeira edição para os jovens talentos, ficou estabelecido que só poderiam participar arquitetos recém formados com comprovação por meio de registro no órgão competente. Porém, com a repercussão e sucesso da ação, a CASA COR já está estudando para o próximo ano, uma forma de concurso em que também possam participar os designers de interiores.”

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