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Profissional do CasaPRO moderniza suíte presidencial de hotel em Goiás

A suíte presidencial já recebeu figuras como Paul McCartney e Elton John. Responsável foi André Lenza Arquitetos Associados, do CasaPRO

Por Marcel Verrumo
Atualizado em 20 dez 2016, 23h26 - Publicado em 21 jul 2014, 19h12

O Castros Park Hotel, inaugurado em 1986, é o único hotel 5 estrelas de Goiânia. Sua suíte presidencial já recebeu figuras como Paul McCartney, Elton John… Depois de 28 anos, os proprietários decidiram modernizar a suíte e contratam os serviços do escritório André Lenza Arquitetos Associados. O pedido foi manter tons claros, formas retilíneas e materiais que dialoguem com as cores da cidade e do cerrado “A exigência se encaixa na arquitetura contemporânea brasileira, com linhas retas modernistas e o uso do essencial, retirando o supérfluo Pediram algo como: ‘Modernizar sem parecer moderno’”, conta o arquiteto André Lenza, responsável pelo escritório que leva seu nome. Foram feitos diversos aperfeiçoamentos: automação da suíte, TV dentro do sanitário master, Smart TV em todos os ambientes, wi-fi e Apple TV. “Toda a modernização ficou escondida em fios embutidos, caixas embutidas, de forma com que ficasse discreto, quase imperceptível”, afirma. Quer conferir como ficou? Navegue pela galeria a seguir e, depois, leia a entrevista completa com o arquiteto.

1. Quais são suas inspirações? Em quem você se baseia para realizar os seus projetos?

 

O estilo modernista contemporâneo brasileiro me agrada bastante. O trio-modernista-mackenzista (Isay Weinfeld, Arthur Casas e Marcio Kogan) sempre foi minha referência, com um traço moderno, mas extremamente brasileiro.

2. Qual é o fator local (referente à sua região) que interfere, ou seja, icônico na arquitetura/cultura da sua localidade?

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O sol é determinante em tudo. Deve se tirar proveito de tudo que ele possa oferecer (luz, calor etc.), mas sempre respeitando o limite disso, sem causar transtornos aos moradores ou ocupantes do projeto. Mas o sol ajuda bastante na hora de detalhar uma fachada, sua sombra cria volumetria, que acaba “soltando” o projeto.

 3. O que não pode faltar na casa de um goiano?

 

Uma boa área de convivência, espaço para conversar, bater um papo, colocar a conversa em dia. O bom goiano gosta de receber visitas e amigos, seja para um lanche ou para um chope. 

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4. Como você costuma se atualizar? Através de revistas, cursos, viagens etc.? E quais são?

 

Revistas e livros são essenciais, quase que diariamente. Novos materiais sempre estão surgindo no mercado. E é importante acompanhar o que está se fazendo, não só no Brasil, mas em todo o mundo.

5. O que compensa, ou não, importar em questão de materiais?

 

O material precisa ser resistente e ter uma boa aparência. Não sou a favor de materiais que estão “na moda”, não acredito neste tipo de arquitetura e decoração. Uma boa arquitetura não segue “tendências”, ou pelo menos acredito que não deveria seguir. Gosto de materiais locais, madeira local (ipê), pedras locais (granito vermelho Brasília, pedra de pirenópolis etc.).

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6. O que frustra e te estimula em sua profissão?

 

A falta de cultura geral e, principalmente, a falta de cultura arquitetônica e de design dos clientes são frustrantes. Costumo dizer aos meus estagiários que a arquitetura é uma psicologia. Você desenvolve esta cultura ao longo do projeto com seu cliente. Ao fim do projeto, já sabem quem é Sérgio Rodrigues, Jader Almeida, Zanini de Zanine e são gratos por isso. Esta melhora no cenário cultural-arquitetônico é muito gratificante, tempos atrás só se contratava arquiteto para mansões; hoje, faço projetos desde 50 m² até centenas de metros quadrados. Esta preocupação com o espaço, mesmo que seja pequeno, é interessante e desafiadora, afinal, um projeto de 50 m² muitas vezes é mais trabalhoso que um de 500 m².

7. O que todo mundo pensa quando você diz que é arquiteto?

 

A vida do arquiteto é visto com euforia por grande parte. Como todos os dias temos festas e jantares feitos pelos nossos fornecedores, passa-se a impressão que tudo é uma grande festa. Mas se esquecem de analisar o horário que entramos no escritório e, principalmente, o horário que saímos. No geral, todos gostam, acham “luxuoso” e “sofisticado”, mas há muito suor por de trás disso.

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8. Qual foi o último filme/livro que assistiu/leu?

 

O último fivro foi “Warchavchik”, do José Lira. E o filme “O Grande Herói”, de Lone Survivor.

 9. Você é a favor da reserva técnica?

 

Sim, mas com ressalvas. A partir do momento em que se diminui o valor cobrado do projeto, porque está se levando em consideração a RT que será ganho no projeto, é errado. Você se diminui como profissional. Também sou contra indicar um material de qualidade inferior, somente porque irá ganhar mais RT. Isto é um absurdo! 

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Perguntas e respostas:

1. Niemeyer ou Lúcio Costa? Mies van der Rohe (mas necessário escolher entre os dois: Lúcio Costa).

2. Pudim de leite ou mousse de chocolate? Pudim, claro! 

3. E o Vento Levou ou Dançando na Chuva? Dançando na chuva, clássico.

4. Chico Buarque ou Elis Regina? Elis, 100%.

5. Sushi ou pizza? Pizza e massa.

6. Atari ou Playstation? Atari, sou da old school.

7. Clarice Lispector ou Caio F. Abreu? Caio.

8. Gato ou cachorro? Bulldog inglês.

9. Android ou iOS? Android.

10. Paris ou Milão? Chicago – mas entre os dois, Milão.

 

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André Lenza é arquiteto e urbanista. Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo,  iniciou sua carreira ainda como estudante no escritório do arquiteto paulistano Arthur Casas. É fundador e diretor do escritório André Lenza Arquitetos Associados, desde 2009. Hoje, com escritório em Goiânia, dedica-se a projetos de arquitetura residencial, comercial e interiores. Além da arquitetura, atual em áreas como design e artes-plásticas.

 

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