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O autismo influenciou a arquitetura dessa escola

Um internato em Nova York teve até as lâmpadas pensadas para se adaptar às necessidades dos alunos

Por Marcela De Mingo
4 abr 2018, 16h44

Uma escola nos Estados Unidos teve todo o seu projeto de arquitetura pensado em cima das necessidades de crianças autistas. Renee Marcus, arquiteta do estúdio H2M Architects + Engineers, foi convidada para fazer o projeto da escola Shrub Oak International, um internato para adolescentes autistas localizado em Nova York e passou os últimos dois anos pensando em como tornar o ambiente melhor para esses alunos. 

“Até as luzes precisaram ser consideradas com cuidado: alguns reatores fazem um zumbido tão alto que as crianças podem se incomodar com essa frequência a ponto de não conseguirem trabalhar”, disse para o Architecture Digest.

Quando abrir para o público no segundo semestre deste ano, ela se tornará mais uma instituição de sucesso para crianças autistas, e aceitará alunos com idade até 22 anos. Atualmente, acredita-se que nos Estados Unidos 1 em cada 68 crianças tenham algum grau de autismo, e enquanto algumas delas conseguem se adaptar bem à uma escola comum, outras precisam de um cuidado especializado.

autismo escola nova york
(Shrub Oak International School/Divulgação)

Muitos desses alunos, por exemplo, se sentem incomodados com diferentes estímulos visuais e auditivos, como cores vibrantes ou padrões de estampa – é um tipo de deficiência no processo sensorial, que pode causar estresse, ansiedade e confusão. Algumas crianças tem até uma dificuldade grande em silenciar barulhos ambientes, como o som de um aquecedor, e isso afeta  seu desempenho de aprendizado.

Além da escola em si, o terreno de mais de 127 acres contará com um estábulo para equitação, um apiário, jardins e uma piscina coberta para uso terapêutico. Como nenhum caso de autismo é igual ao outro, a arquiteta precisou recorrer à alguns lugares comuns para ajudar a criar um ambiente proveitoso para essas crianças: o contraste de cor entre o chão e as paredes ajudam aqueles com distorção espacial, enquanto portas com cores específicas (como azul para banheiros) tem um efeito semelhante. Por outro lado, é melhor evitar ao máximo cores muito vibrantes ou luzes muito fortes.

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(Shrub Oak International School/Divulgação)

 

(Divulgação/CASA CLAUDIA)
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