Antes e depois: cozinha e lavanderia em 13 m²

O dente que oculta o encanamento do prédio foi útil para embutir parcialmente o purificador de água – apenas metade do filtro, que tem 30 cm de profundidade, está à vista, apoiado em uma prateleira de MDF. Armários sob medida, de MDF branco, aproveitam cada milímetro. Um gavetão (70 x 60 x 45 cm*) guarda panelas abaixo do forno. Projeto da arquiteta Bruna Mello.

No local da antiga porta entre a cozinha e a sala, a arquiteta Bruna Mello adaptou um modelo de correr, que desliza no vão de 7 cm entre a nova parede de drywall (gesso acartonado) e a alvenaria pré-existente. Para que o desenho do cômodo não ficasse irregular, o trecho atrás da mesa foi engrossado com drywall.

“Optamos por uma área de refeições compacta, mas gostosa de ficar”, diz Bruna Mello. O sofá (1 x 0,47 x 1 m), com inspiração nas lanchonetes americanas, reúne acolchoado de courino e base de MDF no padrão Gris Montano (Duratex) – o mesmo material compõe a mesa (1 x 0,70 x 0,75 m), o painel (0,70 x 1,35 m) e as jardineiras de temperos (40 x 16 x 20 cm). Um nicho no drywall expõe a fofa coleção de pinguins.

A cuba manteve-se no mesmo ponto, no entanto a bancada agora é em L, com 60 cm de profundidade e 1,05 m e 2,40 m de largura. De um lado, alocou-se a torre com forno elétrico e micro-ondas; do outro, o cooktop de cinco bocas. Projeto da arquiteta Bruna Mello.

Rebaixado com gesso em 12 cm, o teto embute as luminárias e os dutos dos equipamentos de ar condicionado split (os aparelhos ficam na sala e no quarto do casal). Sob a pia, há uma porta que, ao ser puxada, traz consigo dois cestos de lixo. O branco aparece no porcelanato no piso e na tinta das paredes. Projeto da arquiteta Bruna Mello.

A marcenaria de MDF e o tampo de compensado foram revestidos de laminado branco. “O material resiste a respingos, basta evitar água empoçada”, diz Bruna Mello. Uma das portas do móvel baixo é basculante e esconde o cesto aramado para roupas limpas.

O ambiente, que era diminuto, cresceu ao incorporar uma área do quarto de empregada (veja a transformação do outro trecho em http://abr.io/enfimsuite). Hoje, mede 5,75 m². Para ter uma bancada espaçosa próxima ao tanque, Bruna Mello remanejou a peça. “Aproveitei que já estava reformando a suíte, atrás dessa parede, para deslocar o ponto de hidráulica.”

Como o condomínio não autorizou a fixação do condensador do split no exterior do prédio, o equipamento precisou ser instalado no cômodo. Ele foi preso por cabos de aço que atravessam o forro e encontram sustentação na laje. O ar é eliminado pela janela, que permanece aberta quando o aparelho está em funcionamento. “Nesses momentos, a área fica muito quente, mas ainda assim vale a pena. E as roupas secam rapidinho!”, brinca Bruna Mello.

Reparou no varão para pendurar camisas passadas? O espaço embaixo desse nicho é um baú para guardar objetos de pouco uso. Além de acomodar escada, vassouras e tábua de passar, o armário alto serve de despensa. Projeto da arquiteta Bruna Mello.

13,90 m² bem bolados: fornos (1) ao lado da bancada e geladeira (2) próxima à mesa facilitam o trabalho na hora de cozinhar e servir as refeições. Por causa da porta de correr na fronteira com a sala, a parede (3) do sofá ficou mais grossa. Na área de serviço – ampliada ao tomar parte do antigo quarto de empregada –, a porta de correr (4) se encaixa na lateral da lavadora. Projeto da arquiteta Bruna Mello.