8 dúvidas sobre animais de estimação e a decoração da casa
Aliar decoração com nossos pets pode ser bem difícil, mas tem solução! Confira as principais dúvidas sobre o assunto
1. Tenho um cachorro velhinho que está perdendo a visão. Como preparar a casa para ele?
O primeiro cuidado é não alterar a disposição dos móveis e objetos, uma vez que o cão já se acostumou a ela: evite trocar sofás, mesas de centro e vasos de lugar. Isso vai impedir que ele esbarre em algo e se machuque. Para prevenir acidentes mais graves, bloqueie o acesso a áreas como escadas, sacadas e piscinas, instalando redes de proteção e portões removíveis. Outra dica valiosa: com a chegada da velhice, os cachorros tendem a sentir mais frio em função da diminuição do metabolismo. Por isso, o mais aconselhável é disponibilizar uma cama aconchegante e confortável dentro de casa.
2. O que fazer para que meu cachorro não destrua objetos da casa?
Primeiro, crie atividades para o cão, oferecendo alternativas que o mantenham com a boca ocupada. Dê ossos gostosos ou esconda petiscos para que ele tente procurá-los. Vale tornar desagradáveis os objetos que o pet gosta de destruir. Quando o cão estiver roendo algo proibido, faça barulho com uma lata cheia de moedas sem que ele perceba que foi você. Outra tática é usar sprays amargos, não tóxicos, vendidos em pet shops e feitos para espirrar em objetos. Assim, o problema deixará de ocorrer não só na sua presença. Esses produtos devem ser usados na freqüência necessária para o cão se desinteressar pelos objetos, geralmente, uma vez ao dia. Vale alertar também que, se aplicado numa revista, por exemplo, pode estragá-la.
3. Posso deixar meu cão subir no sofá e dormir na cama?
Permitir que o cão faça o que bem entender pode colaborar para que ele se sinta o dono da casa e demonstre agressividade de dominância quando contrariado. Além disso, esse tipo de atitude vai deixá-lo mimado e muito apegado ao dono. Assim, quando tiver de passar uma noite em um hotelzinho, sofrerá mais. Uma boa saída é criar ambientes agradáveis para o pet, fazendo com que ele prefira descansar nesses locais. Em lojas especializadas, há caminhas e colchões superconfortáveis. Mas há cães que sentem calor e gostam de ficar deitados com a barriga voltada para o piso frio. Uma dica: quando ele tentar subir na cama ou no sofá, provoque nele algum desconforto. Tente borrifar um spray de água na cara do bicho ou sacudir uma lata cheia de moedas.
4. Tenho dois cachorros e vou me mudar de uma casa para um apartamento. Qual a forma de adaptá-los para evitar bagunça?
Reserve um local onde possam fazer suas necessidades, como a área de serviço. Estimule-os a usá-lo dando petiscos sempre que acertarem. Mesmo que adquiram o hábito de urinar na rua, ter um banheiro em casa é essencial. Para mantê-los saudáveis, leve-os para passear todos os dias e, duas vezes por semana, vá a um parque onde possam se exercitar. Caso comecem a destruir objetos, repreenda-os fazendo barulho com uma lata cheia de moedas no momento da ação. Resolva esse comportamento oferecendo ossos de couro. Até que os cães entendam o que é permitido ou não mastigar, não deixe objetos delicados nos ambientes.
5. O que fazer para que meu gato pare de arranhar tecidos e móveis?
Eles arranham para brincar, afiar as garras e se comunicar. Em vez de eliminar esse hábito, disponibilize locais, como arranhadores, em que ele possa exibir seu comportamento sem fazer estragos. Vale tornar a área que ele unha desagradável com fitas adesivas duplaface. Outro truque é espirrar água na cara do bichano na hora da ação. Se nada disso adiantar, coloque ao redor do sofá um fio de náilon amarrado a um objeto barulhento, como uma tampa de panela. Ele levará um pequeno susto sempre que atacar a peça e desistirá com o tempo. Para garantir a eficácia do processo, ofereça um arranhador e agrade-o quando estiver agindo certo. Há quem diga que o dono pode até arranhar um pouco para que o gato aprenda por observação.
6. Meu gato bagunça os vasos de plantas. Como evitar esse comportamento?
O gato age assim com a intenção de mastigar as folhas, cavar para fazer suas necessidades ou apenas brincar. Uma saída é redirecionar esse comportamento. Ofereça a ele brinquedos e disponibilize caixas higiênicas em vários cantos da casa – experimente diferentes locais e materiais para descobrir os que mais agradam. Se possível, tire as plantas de onde ele prefere ficar. Paraconter a bagunça, borrife água no focinho no momento exato da ação. Proteger a terra do vaso com uma tela de arame também funciona. Outra dica é espirrar na vegetação produtos de sabor amargo, vendidos em petshops. Mas lembre-se de testar o líquido em um galho, pois ele pode ser nocivo à espécie.
7. Como fazer o meu cachorro parar de comer minhas plantas?
Aqui devo repetir algumas orientações da pergunta anterior: procure garantir que seu cão tenha, todos os dias, bastante atividade e muitos brinquedos. Como as crianças, os cães precisam ter brinquedos e a atenção das pessoas da casa, e também precisam ser ensinados a brincar com os brinquedos quando estiverem sozinhos. Podem ser aqueles comprados ou feitos em casa, com material reciclável.
Procure dar atenção ao seu cão quando ele faz coisas boas e não quando ele apronta. Essa é a parte mais importante para que o seu treino funcione! Alguns cães fazem bagunça apenas para conseguir um pouco de atenção da família!
Se o cão tem muitos brinquedos e atividades para concorrer com as plantas do jardim, agora basta deixá-las desagradáveis para ele. Nos pet shops, há alguns sprays com sabor amargo, que não estragam suas plantas e que devem ser passados diariamente sobre as elas. Caso o cão não pare de atacar as plantas, há uma solução não tão aceita pelos donos, mas bem eficaz para que o cão pare de vez seu ataque às plantinhas. Dissolva as fezes do cão em água quente, deixe esfriar e, em seguida, regue as plantas com essa mistura. O cheiro desaparece em um ou no máximo dois dias. Repita se houver necessidade.
8. O que fazer para o meu cachorro parar de comer o meu tapete?
É preciso ter muito cuidado para que os nossos pequenos não engulam objetos estranhos, porque sempre há risco que esses objetos causem obstrução no intestino e o cão tenha que fazer uma cirurgia de risco para desobstrui-lo.
Leve o seu cão ao veterinário, para ter certeza de que ele não tem alguma deficiência nutricional, verminose ou qualquer outro problema de saúde que possa causar esse comportamento.
Tendo a certeza de que seu cão é um animal saudável, procure oferecer objetos que ele possa mastigar sem engolir. É preciso tentar direcionar a mastigação para objetos que não ofereçam perigo. Tente brinquedos de nylon ou de borrachas mais resistentes, como o Kong, e supervisione para ter a certeza de que ele não vai engolir os pedaços. Ossinhos de couro digeríveis também podem ser tentados, ou ainda brinquedos resistentes com alimentos dentro, que o cão demore em conseguir alcançá-los.
Para impedir que ele continue mastigando panos, há alguns produtos amargos, vendidos em pet shops, próprios para cães, e que devem ser passados todos os dias no local que o cão está mastigando. Normalmente, há dois princípios nesses produtos: o óleo de Lemongrass ou o Denatônio. Se uma marca não der certo, tente outra que tenha o princípio diferente da primeira.
Lembre-se também: não dê atenção quando o cão fizer coisas erradas. Se ele perceber que você para tudo o que estiver fazendo para socorrê-lo quando ele mastiga o tapete, ele tentará, cada vez mais, pegar o tapete para mastigar.
Se o spray amargo não resolver, você pode tentar tirar os tapetes durante alguns meses e dar atenção a outras coisas que seu cão faz, e depois tentar reintroduzi-lo sempre com muito spray amargo, passado principalmente nas bordas. Você também pode fazer um barulho ou borrifar o cão com água, sem conversar com ele. Diga apenas “não”, cada vez que ele pegar o tapete.
Alguns cães podem começar a lamber as patas, perseguir o rabo ou roer as unhas, se forem impedidos de mastigar o que estavam acostumados, por isso, é importante direcionar a mastigação para outro objeto ou oferecer uma alternativa para ocupar o cão. Em alguns casos mais extremos, pode ser necessário levar o animal novamente ao veterinário, para que seja utilizada uma medicação para diminuir a ansiedade, além de fazer o treino.
Consultor: Alexandre Rossi, zootecnista e especialistas em comportamento animal.