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Saiba tudo sobre cores e pintura

Essa reportagem mostra tudo o que você precisa saber antes de comprar as tintas e contratar a mão-de-obra.

Por Por Danilo Costa, Eliana Medina e Michelle Grein (assistente) Fotos: Célia Mari Weiss
Atualizado em 14 fev 2024, 16h42 - Publicado em 18 set 2008, 11h43

Preços pesquisados em São Paulo em agosto de 2008. Válidos para latas de 3,6 litros.

O sobrado todo branco não combinava com o jeito dinâmico da apresentadora d...

Colorir as paredes é uma boa solução para renovar rapidamente a casa. Embora as tintas brancas ainda representem 45% das vendas no país, segundo pesquisa da Tintas Coral, a procura por versões coloridas é grande – aposta barata para mudar os espaços. Como escolher os tons nem sempre é fácil, aproveite as dicas de especialistas para se sair bem nessa tarefa, além de conhecer lançamentos , o passo-a-passo de uma pintura sem erro e respostas para as dúvidas mais comuns sobre o assunto . Clique na imagem ao lado para saber a referência das cores.

Antes de sair para comprar as tintas, faça as contas de quantos galões você vai precisar em nossa calculadora!

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1. Látex Maxx, vermelho (ref. 112, Suvinil), PVA premium. <...

DE OLHO NA QUALIDADE.

Em junho deste ano, o programa setorial de qualidade da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati) publicou a versão revisada da norma técnica NBR 15.079. Ela torna obrigatória a menção na embalagem do nível de desempenho dos látex econômico, standard e premium. “Essa classificação ajuda a diferenciar o preço de uma tinta econômica em relação às demais”, explica a química Gisele Bonfim, supervisora técnica da associação. Outra iniciativa da Abrafati é um projeto que visa reduzir a emissão de VOCs – compostos orgânicos voláteis maléficos à saúde e à camada de ozônio – por meio da auto-regulamentação dos 16 fabricantes credenciados (veja a lista aqui). “A idéia é limitar o uso desse composto e ampliar o número de itens à base de água, que já representam 80% do setor residencial”, conta Gisele.

 

Tintas acrílicas premium para áreas internas e externas (clique na imagem para ver as referências das cores):

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A Viniltex Gesso (branco) dispensa o uso de fundo preparador e pode ser aplic...

Nem só azul nem só roxo. Esqueça a história de seguir a cor da moda, pois a tendência dos fabricantes é apostar no mix de tons para satisfazer o maior número de consumidores e projetos. A Tintas Coral, que todo ano elege o tom da temporada (veja foto ao lado), ainda oferece um catálogo com outras nuances. “As pessoas devem se sentir livres paracriar a própria paleta”, explica Paola Vieira, gerente de colour marketing da empresa. “Mas elas também querem saber o que está sendo usado lá fora”, diz.

O QUE VEM POR AÍ.

Segundo Elisabeth Wey, presidente do Comitê Brasileiro de Cores (CBC), de São Paulo, momentos de incertezas, como o aquecimento global que vivemos, apontam para as tendências focadas na ecologia, a exemplo dos verdes. Em contraponto a essa realidade, também aparecerão os tons que despertam ilusão e fantasia. Caso dos dourados e dos metálicos, a irreverência das nuances fortes, como o azul-real, além dos contrastes com preto, branco e vermelho. Na hora de escolher uma ou mais possibilidades, também vale aproveitar as facilidades oferecidas pelos fabricantes. O grupo PPG, que inclui a Tintas Renner, lançou um sistema tintométrico que por meio de um software permite relacionar as cores aos aspectos psicológicos do consumidor. Em abril deste ano, a Suvinil inaugurou em seu site uma ferramenta inédita que permite adicionar a foto de um ambiente de sua casa e brincar com os tons.

 

PINTURA SEM ERRO

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Na preparação de superfícies novas, deve-se aguardar de 30 a 40 dias para a cura do reboco. “Isso evita fissuras”, orienta Maurício Botelho, da Escola Orlando Laviero Ferraiulo, do Senai, em São Paulo. Em seguida, basta lixar, remover o pó e usar uma demão de fundo selador para melhor absorção da tinta. Na repintura, Maurício recomenda preparar a parede com lixa nº 100 ou 120. Se houver mofo, limpe essa área com uma parte de água sanitária e dez de água. “Enxágüe e espere secar”, orienta o profissional. Para um trabalho impecável, veja o passo-a-passo.

• Proteja o chão com uma lona. Ela pode cobrir inclusive o rodapé e deve ser colada rende à parede com fita crepe.

• Remova os espelhos de luz e forre interruptores, molduras de portas e janelas com a fita.

• Tampe as pequenas imperfeições, comuns em paredes antigas, com espátula e massa corrida. Nesse trecho, vale aplicar uma demão de fundo preparador. Espere secar, lixe e remova a poeira.

• Mexa a tinta e inicie a pintura com um rolo de lã de pêlos baixos (5 ou 6 mm). O segredo é desenhar a letra W ou M na parede e manter esse movimento até o fim para obter uma cobertura uniforme. Aguarde de seis a oito horas entre cada demão.

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• Dê o acabamento em todos os cantos juntos a rodapés e molduras. Use trincha de cerdas pretas ou mistas, e movimente-a em linha reta.

 

Tintas látex PVA para área interna e esmaltes para diversas superfícies (clique na imagem para ver as referências das cores):

1. O Látex Maxx de PVA premium (ref. C032) promete rendimen...

 

Dúvidas mais comuns

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POR ONDE COMEÇAR?

 

“Perca o medo de ousar”, diz a artista plástica Maria Luisa Beer, de São Paulo, que presta consultoria a clientes que desejam colorir a casa. Os leigos no assunto, que pretendem ter convicção nessa tarefa, podem testar as opções na parede antes de decidir. Alguns fabricantes têm latinhas para cobrir até 1².

QUE COR DEVO USAR?

 

“Depende do gosto de cada um, do tamanho do espaço e da luz”, responde Francisco Cálio. Em pequenas áreas, os tons claros dão a sensação de profundidade. “Os quentes (amarelos e vermelhos) trazem mais aconchego”, conta Paula Csillag. “Já os frios (azuis) costumam acalmar”, acrescenta ela. Mas, se você pintar o quarto de azul, cuidado para não deixá-lo triste. “Quem tem depressão deve adotar nuances vibrantes, como o turquesa”, sugere a especialista em feng shui Silvana Helena Occhialini, de São Paulo.

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COMO MISTURAR TONS?

 

O professor João Carlos Cesar, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), sugere entender a diferença entre matiz (cor propriamente dita: verde, azul), luminosidade (clara ou escura) e saturação (quanto mais cinza, menos saturada). “Para criar parcerias harmônicas, mantenha a saturação e a luminosidade próximas, como verdes e vermelhos-claros”, diz. “O mais difícil é misturar vermelho-claro com verde-escuro”, completa ele.

HÁ COMBINAÇÕES MAIS SIMPLES?

 

Paola Vieira recomenda usar tom sobre tom, vibrantes com neutros ou famílias de cores próximas, como amarelos e laranjas.

 

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