Proteja a casa do sol
Em excesso, os raios solares causam danos na casa: estragam piso de madeira, desbotam os tecidos e deixam os ambientes insalubres. Toldos e persianas são grandes aliados.
Expostos ao sol do verão, os tecidos amolecem e alteram, dia após dia, sua cor. Assim, sofás, almofadas e tapetes desbotam. Isso sem falar do estrago na madeira e da sensação de abafamento dos ambientes. O que fazer? Fechar as janelas não é a opção mais saudável. Os raios ultravioleta matam boa parte das bactérias e dos fungos nos ambientes, explica o arquiteto Nelson Solano em sua tese sobre conforto térmico. Para garantir a entrada do sol com moderação, lance mão de toldos, persianas e telas. A seguir, encontre idéias de como usar esses acessórios de acordo com a decoração de sua casa.
Toldos inteligentes
O ideal é tirar proveito do solzinho brando que entra em casa bem inclinado logo cedo e lançar mão de coberturas retráteis para moderar a luz, quando o sol começa a aquecer de verdade, por volta das 11 horas. Para não interferir na fachada, prefiro toldos de tons neutros, conta a arquiteta Débora Aguiar, que na casa acima escolheu um modelo off-white. Branco, preto, translúcido… A cor do toldo – assim como o material e suas medidas – deve ser discutida com o técnico da empresa fornecedora. Os tecidos 100% algodão e as telas termoscreen são os mais recomendado. Já as lonasde PVC ou vinil aceitam tomar chuva e devem ficar posicionadas para facilitar o escoamento da água. As casas expostas às correntes de vento precisam investir numa estrutura reforçada, que pode ser de ferro, latão, alumínio ou aço inox. E mesmo assim é melhor fechar o toldo ao perceber sinais de ventania. Do contrário, ele pode ir para o espa
Persianas: práticas e eficientes
Verticais ou horizontais, essas cortinas compactas também são boas pedidas quando a intenção é barrar o sol, ainda mais se o prédio ou a fachada da casa não permitem a instalação de toldos. Produzidos de palha, seda, juta, bambu, algodão, alumínio, madeira ou PVC, os modelos geralmente apostam nos formatos de lâminas, rolôs, celulares ou plissados. Tanta variedade pode gerar dúvidas sobre qual modelo escolher. Uma dica valiosa é avaliar as características do material e a sua cor. Como sou alérgica, listei as opções que não acumulam pó e são fáceis de limpar, conta a arquiteta Sabrina Baukelmann Matar. Resultado: os janelões de seu apartamento receberam modelos de alumínio com pintura eletrostática (o pó não se fixa à superfície) branco-fosca. O tom é perfeito para compor a base clean e moderna de minha decoração. Na rotina de limpeza, Sabrina orientou a faxineira para, a cada dois dias, passar uma flanela e, uma vez por semana, um pano umedecido. Já estou aqui há um ano e meio e não tive mais problema com minha rinite. No manuseio das aletas, ela detalha um de seus truques. Quando assisto TV, elas ficam viradas para cima. Já se decido ler, giro-as para baixo. Com a luz bem dosada, Sabrina acende as lâmpadas apenas no começo da noite.
Como encontrar sua persiana
Primeiro avalie se o material é indicado para o ambiente. Modelos de madeira, bambu e fibras naturais trazem aconchego para sala e quarto. No entanto, são avessos ao contato de água, ao vapor e à limpeza constante. Ou seja, não combinam com banheiro, cozinha e casa de praia. Por isso, em ambientes úmidos, dê preferência aos materiais sintéticos (PVC, poliéster, fibras artificiais e alumínio). Para todos, há um lembrete: o vento intenso machuca a peça. Se não deseja vê-la torta ou amassada, fique atento ao deixar os vidros abertos.
Telas diminuem a passagem da luz
Outra boa opção são as telas solares, nas versões rolô e romana. Elas controlam o calor e filtram os raios UV sem impedir a entrada de luz natural e tampouco esconder a paisagem. Por isso, os arquitetos Alice Martins e Flávio Butti optaram por essa solução para cobrir esta porta de correr de 2,20 x 2,20 m, que dá acesso à sacada do apartamento. Atentos ao problema do facho de luz que escapa pelas laterais (quando dois ou mais modelos são posicionados lado a lado), a dupla tirou as medidas da esquadria, deu mais 2 cm de sobra de cada lado e encomendou uma única peça uma malha de PVC toda furadinha. Esconder a base do rolô sem precisar rebaixar o teto com gesso também foi outra conquista bem-sucedida. Alice e Flávio desenharam uma moldura de MDF, produzida e pintada de branco pelo marceneiro. Dentro dela, a dupla fixou ainda um varão, que hoje sustenta dois xales de seda nas laterais. Pronta, a composição deu um clima aconchegante à sala e agradou em cheio aos moradores. Com filhos pequenos, eles queriam peças práticas, resume Alice.