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Projeto soube aproveitar o lote estreito e comprido

Lição de equilíbrio: boa ventilação, luz farta e integração com o exterior. Conquistas de um projeto de 281 m² que soube ocupar bem o terreno esguio e inclinado.

Por texto: Danilo Costa e Eliana Medina | Fotos: Paulo Risi | Ilustrações: Campoy Estúdio
Atualizado em 14 dez 2016, 12h42 - Publicado em 5 abr 2010, 10h17

Vistos do lado de dentro, os ambientes generosos da casa onde mora a artista plástica Marina Toscano e os filhos não dão pistas das dimensões restritas do terreno. Com apenas 9,90 m de largura – nos fundos essa medida cai para 9 m – e 50 m de extensão, o lote teve o privilégio de cair nas mãos do arquiteto Affonso Risi, mestre em priorizar a qualidade dos espaços. Responsável pelos projetos de conservação do Mosteiro de São Bento, em São Paulo, desde 1989 e professor de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Paulista (Unip), Affonso trabalhou nesta moradia com a proporção áurea, que relaciona as dimensões de forma harmoniosa. “O projeto e as áreas vão se compondo para obter unidade e conforto visual”, diz ele. Além da integração entre ambientes internos e externos, a casa aposta na ventilação cruzada e na entrada de luz natural por todos os cantos, inclusive no teto da cozinha. “As soluções primam pela melhor arquitetura, de áreas bem resolvidas e acabamentos simples. Tudo seria agradável mesmo se não houvesse decoração”, avalia Marina.

Todas as áreas são bem usadas pela família, mas a dona guarda um carinho especial pelo jardim dos fundos. “É para ele que eu olho ao me levantar da cama”, revela. Junto do arquiteto, ela acompanhou de perto toda a obra, que durou quase dois anos. Previa-se terminá-la antes, mas alguns itens foram refeitos para ficar perfeitos. “Os caixilhos chegaram com medidas diferentes das especificadas no projeto”, diz Affonso. “Ninguém é onipotente. Às vezes alguns erros podem ser incorporados à obra, outras vezes é preciso coragem para pôr tudo abaixo e recomeçar”, completa.

 

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