No frio da Serra, o calor de um chalé
Em meio a cedros e araucárias, esta cabana aproveita a paisagem da serra e dispõe de atrativos como hidromassagem e lareira, que oferecem conforto mesmo no inverno.
Após 22 anos freqüentando Rio dos Cedros, cidadezinha de clima temperado no vale do Itajaí, SC, Rosangela Werner Petersen já conhecia de perto o rigoroso inverno da região e o modo como a população dribla o frio ao erguer suas moradas. Por isso, não teve dificuldades ao planejar com o marido, Oscar uma cabana acolhedora para sua filha, espécie de anexo da construção onde a família passa os fins de semana e feriados. Valeu-se de seu conhecimento técnico (ela estudou engenharia, mas não chegou a se formar) e do repertório serrano e imaginou um chalé suspenso, que oferecesse uma bela vista da mata e permitisse estacionar um carro embaixo. Na hora de escolher os materiais, também seguiu a cartilha local e comprou tudo de fornecedores próximos. Os pilares são troncos de eucalipto e guarantã encaixados com pinos metálicos nas fundações de concreto armado; todo o resto do madeiramento é eucalipto e pínus de ref lorestamento, sem tratamento químico. Totalmente natural, diz ela. Sei que dá certo porque é igual tantas casas daqui, que permanecem de pé após décadas, conclui, comemorando o término do trabalho, realizado em três meses por um carpinteiro/ pedreiro especializado nesse tipo de chalé.
Instalação da hidromassagem
Instalar a hidromassagem no ambiente implicou pequenos ajustes no projeto.
Para suportar o peso da banheira (Ouro Fino) cheia, foi preciso reforçar a estrutura de madeira e há mais vigas nesse ponto. A banheira fica sobre um patamar demadeira erguido 40 cm acima do piso. Nesse vazio, passa a tubulação. O vão foi preenchido com areia para evitar o ruído dos canos trepidando.
A impermeabilização foi caprichada. Emulsão asfáltica cobre a base e as laterais internas da caixa de madeira onde fica embutida a banheira.
Os vidros acima da hidromassagem são fixos, não há brecha para o frio. São temperados e de demolição (Vidraçaria Olinda), instalados em caixilhos de pínus feitos por uma empresa local que, normalmente, só exporta (Esquadribrás).
Assim como em toda a casa, a madeira recebeu cobertura de impregnante incolor (Osmocolor, da Montana Química), que protege da água e não forma película.