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Marcenaria e climatização fazem da adega a estrela do apartamento

A reforma do apartamento paulistano veio para marcar uma nova fase na vida do morador, empresário carioca que se divide entre Rio de Janeiro e São Paulo

Por Por Mayra Navarro (visual) e Tatiane Domiciano (texto) Projeto Mônica Wipfli Fotos Marco Antonio
Atualizado em 19 jan 2017, 14h12 - Publicado em 9 out 2014, 21h24

Há 15 anos, o empresário carioca Marcelo Priolli divide a semana e a rotina de trabalho entre as capitais do Rio de Janeiro e de São Paulo. Com um pé lá e outro cá, ele até cunhou uma nova expressão para se definir: “Sou ‘paulioca’ da gema”. E assim também é este apartamento de 160 m², eleito para ser sua morada em terras paulistanas. “Como a planta era antiga, bastante compartimentada, já comprei o imóvel com o objetivo de botar tudo abaixo”, conta. O recomeço de tijolo e cimento também representou o do próprio Marcelo, que, depois de se separar, viu na experiência a chance de inaugurar outra fase de vida. Tarimbado, pois já enfrentou uma construção complexa e trabalhosa, ele preferiu, dessa vez, concentrar esforços e deixar tanto o projeto quanto o acompanhamento da empreitada nas mãos da mesma profissional, a arquiteta Mônica Wipfi. A enxuta lista de pedidos – ambientes amplos e com a personalidade dele – deu liberdade para que a arquiteta colocasse em prática o layout fluido, quase sem barreiras. Assim, a maioria das paredes foi demolida, e a ala social se transformou num salão de convívio, ideal para o empresário receber confortavelmente os amigos e os três filhos. “A atmosfera despojada corresponde ao toque carioca”, avalia ela. A derrubada das paredes, no entanto, expôs alguns pilares e vigas. “Como a estrutura da edificação vem em primeiro lugar, conforme esses elementos apareciam, a planta era redesenhada e ajustada à nova realidade”, explica Mônica. As mudanças não pararam por aí: uma vez eliminadas as dependências de empregada, a cozinha, antes acanhada e escura, estendeu-se até a lateral do prédio a fim de ganhar dose extra de luz natural. A medida também incorporou bons metros à sala de jantar e rendeu meios para o morador exercitar seu lado gourmet, devidamente harmonizado com a coleção de vinhos – posicionada junto à porta de entrada, a adega com fechamento de vidro se tornou o centro das atenções no living. “Espaços pensados para cozinhar e armazenar os rótulos não poderiam faltar”, diz o proprietário, contente com as soluções da marcenaria sob medida que customizaram os cômodos. “O apê mistura tão bem Rio com Sampa que, descendo do elevador no térreo, quase posso imaginar o desembarque nas calçadas do Leblon”, diverte-se o dono.

 

Demolir para ganhar

No lugar de ambientes acanhados e escuros, surgiram espaços integrados, amplos e banhados de luz natural. Tudo graças à derrubada das paredes.

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planta

Superadega: de madeira laqueada de preto, o móvel de dimensões generosas previu, além dos nichos e gavetas deslizantes para os vinhos, um compartimento dedicado aos espumantes, que pedem armazenamento em temperatura mais baixa. Climatizado (os equipamentos foram instalados acima do forro de gesso), o conjunto custaria hoje R$ 48 mil, na nova Cave.

Área: 160 m²; Execução: Fernando Moraes; Ar-condicionado: Furquim Therm; Marcenaria: RM3

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