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Hiroshima: 70 anos depois da bomba atômica, a cidade é símbolo da paz

"Suporte a tristeza, transceda o ódio, busque harmonia e prosperidade para todos e anseie por uma paz mundial genuína e duradoura", diz o lema da cidade japonesa

Por Nádia Sayuri Kaku
Atualizado em 20 dez 2016, 20h54 - Publicado em 6 ago 2015, 16h31

No dia 6 de agosto de 1945, Hiroshima entrou para a História: foi o primeiro local do mundo a receber um ataque de bomba atômica, que resultou em 80 mil mortes instantâneas, uma destruição que atingiu 70% da cidade, além de sequelas por conta da radiotividade que duram até hoje. O trágico episódio foi seguido por outro bombardeio em Nagasaki, que resultaram na rendição do Japão aos países aliados poucos dias depois. Em 1949, a Lei de Construção do Memorial da Paz em Hiroshima marcou o início da reconstrução da cidade, com o projeto do Parque do Memorial da Paz, que conta com um Museu, a Cúpula da Bomba Atômica (única construção que sobreviveu após o impacto da bomba) e outros monumentos em homenagem às vítimas.

Hoje, Hiroshima é uma cidade moderna, com mais de 1 milhão de habitantes e economia baseada principalmente na indústria automotiva e metalúrgica – seu porto e aeroporto são importantes rotas comerciais japonesas. O rio Ota serve de cenário para os passeios turísticos dos visitantes e a linha de street car (que lembra os antigos bondes de rua do Brasil) é um importante meio de transporte público – na época da bomba, uma parte de seu serviço foi reaberta ao público apenas três dias após o impacto. Museus de arte, a Universidade de Hiroshima, os times locais de futebol e de beisebol e seu prato típico, o okonomiyaki, também são considerados muito importantes no cenário atual nipônico.

O atual prefeito, Kazumi Matsui, é o presidente dos Prefeitos da Paz, uma organização que tem como objetivo abolir as armas nucleares do mundo inteiro.

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