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Garimpo da memória: restauro resgata as origens da fazenda mineira

O antigo depósito de grãos deu lugar a esta casa de 363 m², onde o espírito da fazenda se traduz em ambientes feitos com pedras e tijolos típicos das construções de Minas

Por Reportagem: Ana Weiss (texto) e Cristina Bava (visual)
Atualizado em 19 jan 2017, 15h38 - Publicado em 18 nov 2011, 18h20

Foi necessária uma verdadeira escavação nas lembranças de infância do proprietário para que a reforma desta casa no sul de Minas Gerais reencontrasse seu atributo mais valioso: a arquitetura original. “Fizemos um grande trabalho de restauração de patrimônio”, diz o arquiteto Renato Marques. Com o sócio, Daniel Fromer, ele assina o projeto que reformulou a antiga tulha da fazenda do começo do século passado. Destinado, originalmente, a armazenar e processar os grãos de café produzidos pelos primeiros agricultores europeus e japoneses da região, o espaço sofreu descaracterizações sistemáticas desde que passou a ser ocupado pela família. “A construção de dois blocos de alvenaria e os tijolos recobertos desfiguraram este exemplar típico da casa imigrante desta porção de Minas, algo muito peculiar na combinação de madeira com pedras”, conta Renato Marques. Extraídos os “puxadinhos” e a massa que escondia os tijolos originais, a antiga tulha teve as fachadas preservadas e o interior vertido em núcleo social da nova morada.