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Fundação aproveita as pedras do terreno

Incrustado numa área de preservação ambiental, este terreno escondia imponentes rochas que se revelaram durante a limpeza pré-obra e definiram novo rumo para o projeto.

Por Por Eliana Medina e Marianne Wenzel | Fotos: Carlos Piratininga
Atualizado em 14 dez 2016, 12h05 - Publicado em 1 abr 2009, 17h16

Num dia chuvoso de 2005, um corretor levou o arquiteto Helio Carneiro e sua mulher, Olga, para conhecer este lote na região da serra da Cantareira, zona norte de São Paulo. “Ele apareceu munido de um facão para abrir caminho no mato. Era exatamente o que procurávamos”, conta Helio. Se nessa fase o casal não perdeu tempo, a seguinte durou nove meses. Com tudo pronto e o aval da prefeitura, uma equipe entrou para limpar o terreno. E ai apareceram rochas, antes encobertas pela mata e pela terra, que imediatamente sugeriram uma implantação diferente da que Helio havia imaginado: a casa poderia apoiar-se sobre elas. O levantamento feito para o primeiro projeto, em que a casa teria um bloco único situado na parte mais alta do terreno, não foi de todo perdido. O desejo de ter grande parte da fachada envidraçada, por exemplo, só daria certo se a mata funcionasse como uma cortina externa, evitando que a casa se transformasse numa estufa. “A mata, juntamente com os brises, é um poderoso regulador da luz e do calor”, explica Hélio.