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Faça o amor dar certo

Amar e ser amado é o que todos desejamos, mas nem sempre conseguimos. Conheça o método do terapeuta Bert Hellinger para refazer o fluxo do amor

Por Liliane Oraggio / Fernando Eichenberg
Atualizado em 20 dez 2016, 20h05 - Publicado em 23 abr 2012, 15h41
Faça o amor dar certo_01

O desejo de amar e ser correspondido é universal. O teólogo e terapeuta alemão de Bert Hellinger, 78 anos – autor do livro Para que o Amor Dê Certo (ed. Cultrix) -, desenvolveu um método para que o seu amor tenha mais chances de dar certo.

Há mais de três décadas, ele trabalha fazendo atendimentos individuais e para casais e sistematizou o método chamado constelações familiares, que busca primeiramente restabelecer o fluxo do amor entre pai, mãe e irmãos para depois rever os laços com parceiros amorosos.

Hellinger acredita um novo amor só poderá ser bem-sucedido se houver o reconhecimento de tudo o que nos foi dado pelos demais relacionamentos. A primeira relação amorosa tem influência sobre todas as outras.Segundo o terapeuta, a rejeição consciente ou inconsciente de amores passados bloqueia a força de um novo amor. “As próximas relações serão mais enriquecedoras se você levar a sua experiência junto do que se você for vivê-las como se fosse a primeira.”

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O respeito à individualidade

 

O respeito ao espaço de cada um é outro aspecto fundamental para o sucesso de um relacionamento. Para amar, é preciso aceitar duas solidões: a sua própria e a do outro. “Numa relação deve haver respeito por segredos. É ridículo querer que se conte tudo ao outro. Não se pode agir como um intruso na alma do outro, mesmo em relacionamentos duradouros.”

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Sexo é essencial

 

Além do amor e da disponibilidade para a convivência, o terapeuta cita o sexo como o terceiro elemento essencial na relação de um casal. Para ser completo, o sexo tem de ser aprendido, exercitado e combinado ao amor. “Muitas vezes, quando as pessoas fazem sexo, elas estão mais em contato com elas mesmas do que com o outro. Quando o amor também atua, elas são capazes de ficar juntas e partilhar uma vida comum, o que é algo bastante diferente”, diz o terapeuta.

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Não fale mal de seus pais

 

Muitos dos problemas de relacionamento que acontecem no presente têm a ver com a forma como nossos pais, avós e bisavós lidaram com a exclusão, a doença, a morte ou o esquecimento de entes muito próximos. Essa é a base da terapia das constelações familiares, de Bert Hellinger.

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Entretanto, Hellinger não aceita nenhuma queixa aos pais em seu trabalho terapêutico. “Você pode olhar para seus pais de diferentes formas. Eles não são melhores ou piores do que os outros. O crescimento só poderá ocorrer com certas resistências e dificuldades. Quando um paciente reclama de seus pais, está fazendo-os responsáveis por sua própria incapacidade”, nota.

Como acontece a sessão

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Primeiro, o paciente coloca a questão que quer resolver e escolhe pessoas do grupo para representar seus pais, irmãos e outros membros da família. O paciente fica de fora e tem a oportunidade de observar a situação de conflito que determinou o bloqueio do amor.

“Os participantes respondem a perguntas simples do terapeuta. Elas revelam a raiz do problema sem interpretá-lo. Assim os papéis familiares são reposicionados seguindo uma ordem em que o amor possa fluir livremente, em que cada um retome seu lugar. O trabalho não é focado em questões psicológicas, mas nos padrões de comportamento gerados em determinado sistema familiar”, completa Renato Shaan Bertate, médico paulista, especialista nessa linha terapêutica.

As sessões são feitas em workshops nos fins de semana. A resposta a cada questão pode durar de 15 minutos a duas horas e não há a necessidade de acompanhamento posterior. “A redefinição dos papéis e as mudanças necessárias acabam acontecendo de forma natural e beneficiam todos os envolvidos afetivamente na história”, conclui Renato.

 

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