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Especialistas dão dicas para aplicar as cores que estão na moda

Pinceladas coloridas revelam um pouco da personalidade do morador. Ainda não encontrou seu tom? Confira sugestões deespecialistas e as tendências que vêm por aí.

Por Texto Isis Gabriel | Ilustração Alex Orsetti
Atualizado em 19 jan 2017, 14h12 - Publicado em 16 abr 2014, 21h14
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Saiba mais: O artista plástico Alex Orsetti criou a obra de arte  acima especialmente para a MINHA CASA. Veja o vídeo com o making off.

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A doçura do lilás, a alegria do amarelo e a energia positiva do turquesa estão na moda – é o que apontam os experts em estudos cromáticos que, a pedido dos fabricantes de tinta, se encarregam de eleger as chamadas cores do ano. Nesta temporada, anote aí, os laranjas e os vermelhos com acento tropical também são boas pedidas. E o cinza, queridinho de designers e arquitetos, continua em alta, especialmente se combinado a tons pastel. “Há quem não acredite em modismos, mas existe uma sintonia no ar, algo como um inconsciente coletivo, que conspira para as pessoas terem pensamentos e gostos semelhantes ao mesmo tempo. Pois é justamente esse movimento que norteia o que ‘vai pegar’ de forma espontânea e natural”, defende a designer de interiores e especialista em cores Mon Liu. A consultora de tendências Ruth Fingerhut comprova esse processo de modo empírico, em pesquisas de mercado e comportamento: “Quando é superada uma época de recessão, por exemplo, nossas casas tendem a ficar mais coloridas. Já em períodos difíceis, costumamos escolher tons mais melancólicos”.

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Inspiração e liberdade

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Virar escravo da moda? Nem pensar! No entanto, pode ser enriquecedor aproveitar as sugestões do momento para aumentar o repertório e, com isso, descobrir novas possibilidades em sintonia com seu estilo. “Quem ousaria imaginar que azul-marinho e preto fosse uma combinação perfeita? Antes de Yves Saint Laurent [estilista francês], ninguém. Hoje, essa dupla destoante faz bonito em noites elegantes. Algumas regras foram feitas para ser quebradas”, afirma Ines de la Fressange no best-seller A Parisiense. O que vale para o universo da alta costura vale também para a decoração: as novidades estão aí, prontas para o teste de seu gosto. Se não simpatizar com elas, também não há problemas. “Não dou muita atenção às influências externas, e sim àquilo que as pessoas realmente gostam. A percepção da cor é muito particular”, expõe a arquiteta Adriana Yazbek. “Tendências? As favoritas de cada um. Vale tudo! Quanto mais colorido e mais pessoal, melhor!”, faz coro o arquiteto Guto Requena.

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Hora de brincar com as cores

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Paleta escolhida, a ordem é explorar os matizes com criatividade. Optar por uma única superfície de tonalidade forte – e as demais clarinhas – ainda é uma solução, porém, não a única. “Listras e outros desenhos geométricos têm o poder de realçar ambientes”, diz a designer de interiores Carol Monteiro. “Pintar só meia parede também aponta para um clima bem descolado”, acrescenta. Se há uma coluna ou viga na alvenaria, em vez de tentar esconder o elemento, por que não destacá-lo com uma nuance chamativa? Essa, aliás, pode ser a estratégia perfeita para quem sente vontade de usar cores, mas tem receio de deixar o ambiente com o visual carregado demais. “Dificilmente me prendo a um só tom: o resultado soa artificial, com cara de showroom”, declara o arquiteto Maicon Antoniolli. Segundo ele, pinceladas que combinam cores e formatos variados vêm seduzindo cada vez mais gente. “Influência do papel de parede”, arrisca. A única certeza é de o leque está se abrindo. “Há cinco anos, os clientes se limitavam muito, queriam tudo branco ou bege. Os mais ousados partiam para o cinza-claro. Hoje em dia, não raro, recebo pedidos de tonalidades vibrantes”, completa o profissional. “Não há razão para ter medo de experimentar”, acrescenta Adriana: “Tinta de parede tem um custo relativamente baixo e muda tudo. Se não gostar, é fácil de consertar”. Em outras palavras: pintou (ou repintou), tá novo!

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Rolinho a postos? Anote estas dicas

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–  “A primeira providência, antes de eleger as cores das tintas, é olhar para o ambiente que já existe – de dia e de noite. Qual é a sensação que o espaço provoca em você? O que você deseja dele? Frescor? Aconchego? Só a partir daí comece a pensar na paleta ideal”, ensina a arquiteta Adriana Yazbek.

– Atenção à luz natural! “Se a parede em que os raios solares incidem com mais intensidade ganhar uma tonalidade forte, por exemplo, poderá refletir em todo o cômodo e criar um efeito indesejável”, explica a profissional.

– Outra recomendação de Adriana é testar a cor escolhida na própria parede que se pretende pintar. Para isso, faça uma amostra grande, de pelo menos 80 x 80 cm, e dê cerca de três demãos, ou o suficiente para chegar à nuance esperada. “As cartelas dos fabricantes de tinta ajudam a escolher. Porém, como as amostras são muito pequenas, o resultado quase sempre fica diferente”, justifica. “Caso a ideia seja usar vários tons, o ideal é tingir a parede principal primeiro e, depois, testar as demais.”

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– Se a intenção é colorir três superfícies de um mesmo ambiente, uma de cada cor, faça três quadrados de 80 x 80 cm em uma mesma parede, mas sem encostá-los, deixando um espaço de 15 cm entre eles, para que uma tonalidade não interfira na outra. “Se você colocar um quadrado em cada parede, vai perder o poder de comparação”, ressalta a arquiteta.

– Para não gastar dinheiro à toa, procure latinhas específicas para testes de cor, como a ColorTest, da Suvinil, e a Tira Teima, da Coral, que cobrem até 1 m² – mais do que suficiente para um quadrado de 80 x 80 cm.

 

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