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Dia Nacional de Combate ao Fumo: histórias de arquitetos ex-fumantes

Conheça histórias de arquitetos que conseguiram superar o vício de fumar.

Por Da redação
Atualizado em 20 dez 2016, 19h32 - Publicado em 26 ago 2014, 20h10

Comemorado em 29 de agosto, sexta-feira, o Dia Nacional de Combate ao Fumo é uma data para sensibilizar e conscientizar as pessoas sobre como tabacofaz mal à saúde. No universo da arquitetura, muitos são os profissionais que superaram esse vício ou estão tentando fazê-lo. Conversamos com cinco deles para descobrir suas histórias.

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“Quem não deixou o cigarro queimar no cinzeiro em cima da prancheta enquanto desenhava ou mesmo na prancheta criando várias bolas cor de mel? Pois é, sou do tempo da prancheta! Companheiro das madrugadas de projeto, alegrias dos sonhos bem projetados, frustações da falta de ideias ou soluções. Enfim cria-se um hábito e um companheiro e aí é que está o grande perigo. No entanto, hábito se tornou incomodo para mim e eu não queria mais Mas como é difícil! Seria o mesmo que pedir ao chocólatra para desistir do Chocolate. Depois de duas tentativas frustradas, recebi um presente lindo, uma gravidez. Meu lado mãe falou muito alto e, com muita força de vontade e amor a um ser humano que nem conhecia ainda, parei de fumar. Já faz 11 anos e continuará assim. Fui salva pelo amor de Mãe!” , Lilia Toti, arquiteta de São Paulo.

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“Fumei desde os meus 15. Diariamente, fumava uma carteira e meia de cigarros mais um cigarro sem filtro e um de tabaco muito forte. O ritual de fumar começava logo de manhã, após o café das 8h e daí em diante era praticamente um em intervalos de meia hora. A cada café, almoço, cerveja, bebida alcoólica ou conversas com amigos, sentia a necessidade de ter um cigarro presente entre os dedos. Mais que uma obsessão, era uma muleta que apoiava cada ação e me dava segurança para enfrentar todos os compromissos. Portar um cigarro entre os dedos da mão era um símbolo de status e de masculinidade. Minha postura também era sempre contrária a qualquer proibição que cerceava o uso do cigarro. Em 1978, me mudei para a Argentina a trabalho e tive que começar a comer muita carne. Para meu azar, minha boca pegou uma infecção grave, o que me levou à mesa de cirurgia e à necessidade de virar vegetariano. Após o procedimento, meu organismo começou a reagir e os problemas dos tumores na boca desapareceram. Meu organismo também começou a rejeitar o uso de cigarro e a fumaça que enchia os meus pulmões. Não conseguia mais fumar. O cigarro se tornou algo estranho. Mantive um maço de cigarros completamente cheio à minha frente por algum tempo e, nesse período, não tive a mínima vontade de fumar. Dessa maneira, eu continuo até hoje, muitos e muitos anos depois desta tomada radical de decisão, fato que fez mudar o rumo de minha vida e a descobrir uma nova, melhor e mais gratificante qualidade de viver”, diz Antonio Carlos Gomes de Oliveira, Arquiteto e Urbanista de Brasília (DF).

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Comecei a fumar desde cedo, por ter como influência minha mãe. Na adolescência, já fumava quando ia a festas ou bares. Ao me tornar adulta, me viciei. Não existia prazer maior do que fumar logo cedo, depois do café, dirigindo até o escritório. Na correria do dia-a-dia, foi piorando: sem tempo para almoçar direito, o que restavam eram cigarros, chiclete e refrigerante. Um atentado à saúde. Tentei parar em 2012, quando fiquei longe do cigarro quatro meses. Num dia estressante, parei no meio do caminho, comprei um maço e fumei três cigarros de uma vez. Passei mal e minha pressão caiu, mas o vício venceu. Em agosto do ano passado tinha programado uma viagem com uma amiga e houve uma confusão no embarque que resultou na perda do voo. Fiquei nervosa e fumei muito. Minha ficha só caiu 11h da manhã, quando peguei o maço para acender mais um cigarro, enquanto resolvia os trâmites de reagendamento, e notei que entre, às 6h e aquele momento, havia fumado 20 cigarros. Depois desse dia, tomei a decisão e a mantive firme: parei. Não foi fácil. Ganhei peso, tive crises de abstinência e muita irritação, mas fui mais forte. Fiquei deprimida, mas busquei ajuda. Hoje faz mais de um ano dessa decisão e me considero uma vencedora. Sempre que posso, aconselho meus amigos a largarem esse vício. Ana Paula Barros, arquiteta de Campinas (SP)

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“Fumei durante 10 anos, e parei há 5. Fumava cerca de 12 cigarros por dia. Era muito ansiosa e tinha uma tendência à depressão. Terminei um namoro antigo e, em seguida, conheci uma pessoa maravilhosa, que hoje é meu marido e pai dos meus dois filhos. Ele me ajudou a parar de fumar, me mostrando que eu não precisava usar o cigarro como fuga. No segundo mês de namoro, eu já não fumava mais. Sofri abstinência? Sim – e muita. Confesso que, ainda hoje, dependendo da situação, sinto vontade de fumar, mas aprendi a controlar o meu impulso e não coloquei mais nenhum cigarro na boca. Tenho dois filhos pequenos e preciso dar o exemplo a eles. Fácil não é, mas é possível!”, diz Juliana Henrique Bezerra, arquiteta de São Paulo.

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“Fumei por pouco tempo, dos 18 aos 24 anos, maço por dia. Parei no reveillon de 1980, ao voltar para casa com um amigo. Tirei aquele último cigarro do maço amassado e falei pra ele: “vou fumar meu último cigarro”. E assim foi. Entre vontades e desejos, parei de supetão e nunca mais voltei”, diz Hamilton Dantas Rodrigues, arquiteto de Niterói (RJ).

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