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Dia de São Jorge: conheça a história do santo guerreiro

São Jorge tem uma multidão de devotos em diversos países. Sua figura demonstra garra, força e luta. Protetor, ele ajuda a abrir caminhos, a enfrentar as desventuras e a seguir em frente. Conheça mais sobre este santo, que tem o dia 23 de abril dedicado a ele

Por Ana Holanda
Atualizado em 20 dez 2016, 19h30 - Publicado em 19 abr 2013, 16h49
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A artista plástica gaúcha Ve­ra Regina Scheleck transformou sua fé em palavras. Devota de São Jorge, ela escreveu o livro Jorge da Capadócia – Primeiro-Ministro, Soldado e Secretário de Jesus Cristo, um romance feito com a história do santo. A idéia era que a obra fosse distribuída entre os amigos e a divulgação feita no boca-a-boca. Só que não foi bem isso o que aconteceu e o livro, editado pela Rigel Livros do Brasil, foi traduzido para o inglês e o espanhol e vendido no mercado europeu. “São Jorge é a imagem da força, do poder, da destruição das trevas e aprendi com meus pais a ter fé nele”, diz Vera. Por que a tradução para o inglês e o espanhol?

A devoção a São Jorge não é exclusividade daqui. O santo é cultuado em diversos países europeus – é padroeiro da Inglaterra, por exemplo, e adorado em países como Espanha e Portugal, sempre como um símbolo de proteção.

 

 

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O santo representa também o espírito combativo. E, o mais curioso, não existe um registro comprovando que a figura de Jorge tenha existido. Acredita-se que ele tenha nascido na Capadócia (região que hoje pertence à Turquia) e, quando jovem, entrado para o exército romano, que na época perseguia os cristãos. Só que Jorge passou a defender a fé em Jesus Cristo, o que ia contra o designo do governo romano. Foi então torturado pelos soldados do imperador Diocleciano e teria sido degolado em 23 de abril de 303. Desde então, a fama do guerreiro, montado em um cavalo branco, com espada na mão e se defendendo contra um dragão – figura de origem oriental – se agigantou e popularizou. O que ele representa? O espírito guerreiro, daquele que segue em frente movido pela crença.

Onde vale a pena ser guerreiro?   Foi isso o que perguntamos a três Jorges 

“No olhar de minhas netas e filhas, meu melhor rastro. No olhar de meu amor, de meus iguais. No olhar de meu protetor – ele, sim, espírito guerreiro. E na ânsia de compor minha música de inspiração inacabada, tentando entender quando e como se alimenta de nós esse secreto e sagrado amor.”

Jorge Aragão da Cruz, compositor e cantor

“Vale a pena ser guerreiro na vida, mas usando como espada o amor, a persistência em coisas boas e prioritárias para todos nós, como uma nova consciência ambiental, igualdade social, em saber e fazer valer na prática que apesar de termos o direito de sermos diferentes, também temos os mesmos direitos perante à sociedade e a todas as leis. A lança de são Jorge não ataca nenhum guerreiro de outra etnia ou crença, mas o dragão da maldade, da hipocrisia, da ganância ou qualquer sentimento atrasado que possa estar dentro de qualquer um de nós.”

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Jorge Vercillo, cantor

“Vale a pena ser guerreiro na hora fatal de combater para trucidar nosso maior inimigo depois de descobrir que esse maior inimigo mora dentro de nós mesmos. O resto é conseqüência.”

Jorge Mautner, escritor, cantor e compositor

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