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Cores: azul e amarelo são as apostas das especialistas

A crise econômica, o retorno aos valores essenciais, o cuidado com o planeta e a busca pelo romantismo são comportamentos que influenciam as tendências de cor. Aproveite também e navegue por uma galeria de ambientes que brincam com as cores

Por Redação
Atualizado em 14 dez 2016, 11h46 - Publicado em 30 mar 2010, 22h40
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Buscando otimismo? Vá de azul! Diretora da área de tendências do instituto de pesquisas WGSN, com base em Londres, Catriona Macnab gerencia uma equipe que identifica as futuras tendências da moda, de design e do comportamento. Para ela, a crise econômica, que ainda afeta o mundo, pede o tom azul-vibrante. É uma cor ao mesmo tempo feliz e relaxante, perfeita para este momento, de otimismo cauteloso”, diz. Já o amarelo-brilhante ressalta qualquer paleta de cores e vem sendo usado em nuances cada vez mais brilhantes e acentuadas. Catriona também aposta que 2010 terá muito espaço para o cinza: É o tom mais sofisticado e refinado das paletas de neutros. Sua versatilidade é tão grande que transita igualmente no mundo do design e da moda, finaliza.

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Momento de recuperar as energias Cores são a especialidade da orientadora de tendências Blanca Liane, que trabalha como agente do instituto francês Carlin e representa a empresa Pantone no Brasil. Da nova cartela de tons lançada pela empresa este ano, ela aposta em algumas que estão ligadas às buscas do ser humano nos dias de hoje. O verde-turquesa é o grande destaque, representa a recuperação das energias em meio à agitação do dia a dia, diz. Já o rosa (cassis-leitoso) remete ao amor e ao companheirismo e está ligado à procura por romantismo, que hoje está em falta. Mas vivemos também um momento dominado pela informação e pelo intelecto. A realidade financeira é muito forte. Temos de correr atrás do dinheiro. O amarelo-flax simboliza tudo isso, fala Blanca.

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Tecnologia faz cores sintéticas Integrante brasileira do instituto Future Concept Lab, com sede em Milão, Itália, Sabina Deweik é coordenadora de pesquisas de tendências. Segundo ela, há dois movimentos muito fortes ligados ao momento atual. O primeiro seria um retorno aos valores essenciais, à ligação com a natureza. Esse desejo se expressa na paleta de tons terrosos, com destaque para o marrom, diz. O segundo movimento, quase uma contraposição, é a percepção do esgotamento da natureza, que leva à busca por cores energéticas e ligadas à tecnologia. São matizes sintéticos, metalizados. Esta gama inclui o rosa-pink e o prata. Há ainda incertezas em relação à crise econômica, mas com certo otimismo. O azul, que representa o pensamento positivo e a renovação, sintetiza essas sensações, conclui.

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Brasil em alta: viva o amarelo! Desde os 4 anos, quando começou a pintar com o artista plástico Dario Mecatti, a artista Kokó Azevedo nunca mais parou. Combinando cores, se especializou no assunto e há dez anos representa a marca norte-americana Rosco, fabricante de tintas cênicas. Para ela, quem dita as tendências é o inconsciente coletivo. Como o Brasil está vivendo um momento de progresso, as cores nacionais estão em alta. Daí o destaque para o amarelo-gold, que está relacionado à luminosidade, à inteligência e ao alto-astral. Já o laranja-profundo remete ao nosso lado espiritual, à busca por paz e harmonia. Por último, Kokó aposta no azul-índigo: É uma cor escudo, que atrai a energia positiva e anula os maus fluidos.

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