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Os cuidados para escolher pisos, azulejos, bancadas e torneiras

Identifique os maiores pontos de atenção com relação aos materiais de cozinha. Alguns pedem mais cuidados na escolha, outros na instalação e manutenção.

Por Reportagem Ana Sant’Anna, Ana Weiss (texto) e Edson G. Medeiros (visual) | Design Renata Rise | Fotos Luis Gomes
Atualizado em 20 dez 2016, 18h27 - Publicado em 10 ago 2012, 18h01

Você viu, na reportagem 30 revestimentos e seis torneiras de cozinha, que o cardápio de revestimentos é variado. Agora, aprenda a identificar o tipo de produto que irá melhor na sua cozinha.

Pisos: saiba o que é PEI e conheça os tipos de argamassa

 

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Quem não gosta de se reunir na cozinha? Para isso, eleja um piso que resista ao trânsito de pessoas. Entre as opções mais comuns, cerâmicas e porcelanatos esmaltados pedem atenção extra na escolha: se usados no chão desse ambiente, devem ter PEI 4. “Trata-se da classe de abrasão superfcial, presente na embalagem do produto. Ela garante a resistência ao tráfego”, explica Osmar Teixeira Neto, coordenador de certifcação do Centro Cerâmico do Brasil (CCB). Esses materiais não guardam tantos segredos no assentamento. Mas, se sua escolha recair nas placas cimentícias, saiba que a boa aderência depende da aplicação correta da argamassa (que precisa ser do tipo AC II ou AC III): recomenda-se passá-la tanto no contrapiso quanto no verso da peça, formando cordões cruzados. Já a impermeabilização evita manchas e absorção de água. “Para a limpeza, indica-se pano úmido e cera líquida uma vez por semana”, diz Mariana Favaron, designer de produtos da Castelatto. A manutenção também é o ponto importante quando se trata de ladrilhos hidráulicos, que podem ser impermeabilizados com resina e limpos com sabão neutro e água. Para fnalizar, cera líquida incolor.

Bancadas: atenção para os riscos e a higiene

 

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Usadas na preparação de alimentos, devem ser fáceis de higienizar, resistentes e duráveis. Daí o sucesso dos compostos de resina acrílica e minerais naturais (como o Corian, da DuPont, e o Hi-Macs, da LG). “Se optar por algum deles, prefra os tons claros, que disfarçam possíveis riscos, e lance mão de proteções de inox para evitar danos causados pelo contato com panelas quentes”, sugere a arquiteta Marí Aní Oglouyan, de São Paulo. “Esses revestimentos, assim como o aço inox, formam uma superfície contínua que abrange o tampo, a cuba e o frontão, dispensando rejuntes”, lembra Marí. O resultado: eles não correm o risco de sofrer infltrações. Numa cozinha gourmet na área externa (situação cada vez mais requisitada aos arquitetos), cuidado na escolha: produtos à base de quartzo (como Silestone e Technistone) podem sofrer alteração de cor sob a ação de raios ultravioleta. Poroutro lado, na manutenção, toleram produtos químicos e abrasivos. “O Technistone não mancha, mas deve ser limpo diariamente para não reter sujeira”, diz José Roberto Codato, diretor da Alicante, que comercializa a marca. Quem preferir bancadas de aço inox deve fcar longe da palha de aço.

Paredes: quando usar pastilhas

 

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Superfícies engorduradas são possíveis até nas cozinhas mais equipadas, mas o revestimento certo pode evitar a impregnação. “Entre os cerâmicos, os lisos ou com pequenos relevos e os esmaltados sem granilha são os mais indicados”, afrma Sérgio Formícola, gerente de marketing da Cerâmica Porto Ferreira. Outro material bem-vindo em paredes de cozinhas são as pastilhas de aço inox. Essas pecinhas requerem instalação e manutenção cuidadosas: argamassa do tipo AC III e rejunte à base de resinas acrílicas ou epóxi. “Para rejuntar, use uma espátula plástica e, depois de 20 minutos, retire o flme adesivo das peças”, ensina Simone Carvalho, designer de produtos da Mozaik. Ácidos, abrasivos e produtos oleosos devem fcar longe delas. Outra boa escolha: a massa de cimento sobre alvenaria (ou qualquer superfície regularizada com massa corrida). “É importante impermeabilizála depois da aplicação para que não absorva água ou gordura”, conta o arquiteto paranaense Guilherme Torres. Quanto à limpeza, sabão neutro e água são sufcientes (isso vale também para as pastilhas de vidro). “Já nos modelos esmaltados, evite usar produtos ácidos”, diz Arthur Grangeia, diretor da Colormix.

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Metais: O maravilhoso mundo das duchas retráveis

 

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Ducha retrátil, extensor, bica móvel, arejador… Cada dia mais sofsticadas, as torneiras embelezam e facilitam o dia a dia. Antes de comprar, verifque se os fornecedores seguem as normas da ABNT. A classifcação das empresas está no link https://www.abr.io/metais. Outra dica: “Só escolha torneiras para água quente se a tubulação for compatível. Esses modelos têm mecanismos mais robustos e, portanto, são mais caros”, explica Roney Honda Margutti, gerente de tecnologia do Sindicato da Indústria de Artefatos de Metais Não Ferrosos no Estado de São Paulo (Siamfesp). Na instalação, a peça deve fcar frme na bancada ou na parede e não pode apresentar folgas nas conexões de entrada. Para testar, confra a fxação, veja se o acionamento é macio e se não pinga. A manutenção dos modelos com cartucho cerâmico requer a troca dessa peça a cada cinco anos. Torneiras cromadas devem fcar longe de produtos abrasivos: pano úmido é ideal para a limpeza. “Arejadores podem obstruir a saída da água ou alterar a uniformidade do jato caso não sejam limpos entre 60 e 90 dias”, diz Roney.

 

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