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Cobogós fashion: cores, modelos e novos usos do elemento vazado

Assim como a moda resgata memórias para lançar tendências, os arquitetos também se valem de ícones do passado para atualizar nossa casa. Confira aqui a volta dos elementos vazados, em releituras supercontemporâneas.

Por Por Deborah Apsan, Juliana Sidsamer e Lucila Vigneron Villaça Fotos: Eduardo Pozella (cobogós) e Victor Affaro
Atualizado em 14 dez 2016, 11h39 - Publicado em 17 jan 2011, 01h19

As tramas vazadas de madeira, chamadas de muxarabiês pela arquitetura moura, levaram três engenheiros brasileiros a criar uma peça com a função semelhante de dar privacidade ao interior das casas, sem comprometer a luminosidade nem a visão do mundo exterior. Batizada com o nome de cobogó, resultado da soma das iniciais do sobrenome dos inventores (Coimbra, Boeckmann e Góis), a peça começou a ser produzida com cimento. Aos poucos, no entanto, esses elementos vazados deixaram de embelezar as fachadas e migraram para espaços menos nobres, quando passaram a ser usados como divisórias de áreas de serviço, perdendo todo o glamour inicial. A versatilidade na aplicação também ajuda a difundir o cobogó, uma vez que ele pode vedar uma fachada inteira ou um pequeno vão na parede, e sua instalação é relativamente simples. Mas requer cuidados: “Como o elemento vazado é mais frágil que o tijolo, deve ser assentada uma fiada de cada vez, com intervalo para secagem. É aconselhável colocar uma barra de metal a cada duas fileiras para estruturar o painel”, ensina Fernando Teixeira da Silva, da São Francisco Pré-Moldados, de São Paulo. A argamassa para assentamento é comum, e recomenda-se uma junta de cerca de 3 cm entre as peças para melhor sustentação.