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Casa em forma de cubo com luz entrando por todos os lados

A claridade atravessa a cobertura e invade os espaços por inúmeras aberturas e rasgos nas fachadas. O interior é– uma caixa de concreto que, sustentada por duas vigas metálicas, parece flutuar acima da rua.

Por Por Eliana Medina e Marianne Wenzel Fotos: Gui Morelli
Atualizado em 14 dez 2016, 11h32 - Publicado em 16 jul 2010, 14h03

A Casa Quadrada, como ficou conhecida na vizinhança, virou referência no condomínio. “Acho que é por causa das linhas retas”, fala o morador, o dentista Daniel Castro. Desenhadas por seu irmão, o arquiteto paulistano Flavio Castro, as tais linhas contornam um espaço pensado para um casal jovem, ainda sem filhos, que trabalha muito e adora cozinhar. “Por isso pedimos uma cozinha integrada com a sala, ambas abertas para a área externa com churrasqueira, chapeira e forno de pizza”, relata Daniel.

A propósito, Flavio precisou lidar com uma lista extensa de desejos: uma garagem com quatro vagas e ateliê, área de lazer, home theater fechado e três suítes. “Um programa extenso para o tamanho do terreno, 226 m²”, observa o arquiteto, que resolveu a questão com uma construção verticalizada de três pavimentos e um terraço de cobertura. “Ali é um lugar reservado, que usamos para tomar sol e aproveitar a vista”, diz o morador, justificando o nome de batismo da casa no currículo do irmão: Mirante de Horto.

“Na história de muitos arquitetos, as primeiras experiências de projetar e construir surgem em família”, afirma Flavio. “Para mim, desde a metade do curso na faculdade essas oportunidades começaram a aparecer. Com isso, pude estar dentro das obras e aprender muito. Este projeto coincidiu com a minha formatura, em 2006, e o período de três anos em que estudei na Espanha, o que influenciou muito o conceito da casa”, conta. Mais do que uma chance de trazer para a prática os mergulhos teóricos da universidade, no entanto, a Mirante proporciona outra perspectiva: “Enquanto meu irmão morar lá, vou conviver com a evolução dela e acompanhar de perto suas transformações com o crescimento da família. Não é sempre que um arquiteto consegue manter esse tipo de contato com sua obra”, diz.

 

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