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Casa em condomínio fechado com sala integrada à piscina

Os pais do arquiteto Carlos Ferrata não se contiveram: em algum momento da obra, decidiram que fcariam com esta casa, concebida inicialmente como investimento.

Por Reportagem Deborah Apsan (visual) e Luciana Benatti (texto) | Fotos Eduardo Pozella | Design Renata Rise | Ilustrações Campoy Estúdio
Atualizado em 16 fev 2024, 12h11 - Publicado em 11 jan 2013, 18h50

*Matéria publicada em Arquitetura & Construção #309 – Janeiro de 2013

A foto mostrava em primeiro plano um terreno e, ao fundo, um lago rodeado de palmeiras. Diante do computador, pesquisando num site de anúncios imobiliários, o arquiteto Carlos Ferrata se encantou com aquela vista, clicada num condomínio de Bragança Paulista, SP. A mesma impressão teve seu pai, morador da cidade, que desejava construir um imóvel como opção de investimento. Situado nas terras de uma antiga fazenda, o lote faz parte de uma área que pode se adensar – mas, por estar num declive, terá para sempre preservada a visão da paisagem. Ponderações feitas e negócio fechado, ambos começaram a pensar na construção. Para que o projeto se viabilizasse do ponto de vista econômico, o arquiteto imaginou uma morada compacta, simples e de fácil execução. Ao longo da obra, uma reviravolta: a ideia de vendê-la arrefeceu. Hoje os pais de Carlos vivem na casa, ponto de encontro de quatro irmãos que se reúnem no terraço contíguo à sala. Para o arquiteto, é a rara oportunidade de usufruir daquilo que desenhou. Quando está longe, as notícias chegam por telefone: “Fico feliz de saber que minha mãe está no terraço, olhando a Lua, ou quando meu pai conta que o jacarandá deu for”. Na última edição do prêmio Jovens Arquitetos, concedido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), o projeto trouxe mais um motivo de orgulho para a família Ferrata: recebeu menção honrosa. Sinal de que ele realmente não poderia mudar de mãos.

*Matéria publicada em Arquitetura & Construção #309 – Janeiro de 2013

 

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