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Casa de sonho com vista para o canal de São Sebastião

Fincada numa encosta íngrime de Ilhabela, o projeto emoldura entre seus ângulos retos a paisagem da praia e tem ambientes arejados como a proa de um navio

Por Reportagem Ana Weiss (texto) e Deborah Apsan (visual) | Design Júlia Blumenschein | Ilustrações Campoy Estúdio | Fotos Eduardo Pozella
Atualizado em 19 jan 2017, 14h06 - Publicado em 24 abr 2012, 20h23

Tão cara aos marinheiros, a sensação de deslizar sobre as águas do oceano permeia este pedaço de terra firme. A casa, refúgio de um velejador de longa data, evoca em cada ambienteo que ele antes só experimentava na proa da embarcação: estar diante de um horizonte sem fim. Foi justamente a rara vista para o canal de São Sebastião que o levou a escolher este terreno íngreme. Respeitando o limite de 8 m de altura imposto pela legislação, o arquiteto André Becker, de São Paulo, organizou os três níveis da moradia com dois cubos desencontrados de 7,50 m de lado. Os dois patamares inferiores dedicam-se aos quartos. Na parte mais alta do lote, a entrada desemboca nas áreas de convivência – sala, cozinha e um terraço de 70 m² que se lança, como num mergulho, à paisagem.

O pôr do sol pode ser visto o ano todo

 

Em todas as estações do ano, a grande atração da casa, graças à implantação, é o pôr do sol. “O preço disso foi ter de lidar com a insolação difícil da face oeste”, recorda André. O desencontro de 3,50 m entre os dois blocos ajudou a resolver a questão. “Ele cria um avanço que gera sombra no andar de baixo. O mais alto, enquanto protege os quartos inferiores dos raios solares, tem o calor amenizado por uma chapa metálica expandida projetada para a varanda. Já o inferior cobre a garagem”, descreve. A estrutura retangular de aço, um plano horizontal, marca a passagem da cozinha e da sala para a varanda e o terraço. Por ali a brisa marinha passeia livremente e cria, junto da visão panorâmica do mar, a nítida impressão de se estar navegando pelos mares de Ilhabela.

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