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As plantas certas para cultivar à sombra

Se é por falta de luz que seu canto verde não vai para a frente, saiba que nem tudo está perdido. O segredo é privilegiar plantas que curtem sombra – sim, elas existem!

Por Texto Isis Gabriel | Fotos Levi Mendes Jr. | Reportagem Visual Angela Caçapava
Atualizado em 20 dez 2016, 16h15 - Publicado em 25 fev 2013, 23h33

Casa sem quintal, apê sem varanda ou área externa em que não bate sol? Nada disso é impedimento para ter folhas e flores por perto. Existem espécies que até preferem se manter longe da insolação direta, e outras que se contentam com uma pequena dose diária. Afinal, já que há gosto para tudo, por que não seria assim também entre os vegetais? “Todos precisam de luz solar para realizar a fotossíntese”, frisa a engenheira agrônoma Angela Cristina Rossi, do Shopping Garden, de São Paulo. Ela explica, porém, que a quantidade necessária varia bastante entre as espécies, classificadas em três grupos: pleno sol, meia-sombra e sombra. Enquanto o primeiro time exige a incidência direta dos raios por um mínimo de quatro horas diárias, o segundo parece seguir os conselhos dos dermatologistas, pois só gosta de se bronzear de manhã ou no fim da tarde, nunca ao meio-dia. A última turma, por sua vez, adora a luminosidade indireta, que pode ser filtrada pela janela. “Seu habitat é, justamente, à sombra das árvores”, explica Angela.

Preços pesquisados em 4 de fevereiro de 2012, sujeitos a alteração.

Elas também gostam de água fresca! E de limpeza, adubo e outros paparicos:

– De modo geral, qualquer clima convém ao cultivo das espécies de sombra, contudo, a tendênciaé que brotem e se desenvolvam mais rapidamente em regiões quentes. “A maioria só não tolera o frio extremo”, aponta o paisagista paulista Kenji Sugui.

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– Molhá-las diariamente quase nunca é recomendado. “Como não há contato direto com o sol, a terra demora a secar. Consequentemente, as raízes podem ficar encharcadas e acabar apodrecendo”, alerta a paisagista carioca Beatriz de Santiago. A frequência ideal costuma ser de duas regas semanais no verão e uma no inverno. Mas sempre vale recorrer ao truque de tocar a terra: se ela ainda estiver úmida, é sinal de que não precisa de mais água.

– Uma característica comum a essas plantas são as folhas largas e grossas, que, por viverem confinadas, tendem a ficar opacas e empoeiradas. Para limpá-las, use um pano umedecido ou sprays de água e, se quiser deixá-las mais vistosas, recorra a produtos específicos, como o Brilha Folha, da Dimy (Toca do Verde, R$ 4,90). Aplicada a cada 15 dias, a substância à base de óleos minerais e silicone nutre a superfície foliar e previne pragas, como a cochonilha. Retire as folhas secas e amarelas sempre que aparecerem.

– O solo adequado é bem drenado e rico em matéria orgânica. “Adube-o com húmus de minhoca e bokashi [fertilizante composto de farelos orgânicos] a cada quatro meses”, aconselha Angela. Outra opção é intercalar esses compostos com o NPK 10-10-10. “Só não faça exclusivamente a adubação química: apesar de logo deixar a planta com aparência bonita, tal técnica não nutre a terra corretamente”, completa a especialista.

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