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Arquiteta paulistana desenha as janelas da cidade

 Ao retratar as janelas da metrópole, a arquiteta Nara Rosetto quer despertar, com poesia, nossa atenção ao espaço urbano

Por Texto Marina Lacerda
Atualizado em 14 dez 2016, 11h13 - Publicado em 19 nov 2014, 21h58
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Quando criança, a arquiteta e urbanista Nara Rosetto gostava de inventar enredos para as janelas que via. Quem morava ali? Qual era a história daquele lugar? Após cursar a faculdade, esse fascínio aflorou em desenhos livres e, ao mesmo tempo, técnicos. Há cerca de um ano, depois de conhecer o projeto do designer gráfico José Guízar – o Windows of New York, que registra os variados modelos da Big Apple por meio de traços vetorizados –, Nara se sentiu motivada a criar uma versão paulistana. Assim nasceu o Janelas de SP, esboços semanais feitos à mão de caneta nanquim e marcadores coloridos. Inicialmente, Nara preferia janelas de valores histórico e arquitetônico. Com o tempo, sua investigação despertou para os tipos mais comuns, como o de uma casa na Avenida São João, no centro. A morada – a arquiteta descobriu por acaso – tinha pertencido a uma família italiana e, depois, viu-se transformada em pensão. Já o Elevado Presidente Costa e Silva, o famoso Minhocão, vem ganhando uma série especial. “Dessa forma, a ação resgata a memória urbana, além de inspirar um olhar mais demorado para o entorno, um olhar de infância”, define.

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