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Apartamento, em João Pessoa, integra ambientes com estilo moderno

Projetado pelas arquitetas Larissa Vinagre e Suellen Montenegro, do CasaPRO, o apartamento de 250 m² propõe união para toda a família

Por Alex Alcantara
Atualizado em 16 fev 2024, 15h34 - Publicado em 17 set 2014, 20h34
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As arquitetas Larissa Vinagre e Suellen Montenegro, da 2LS Arquitetura, projetaram este apartamento de 250 m², em João Pessoa, mesclando funcionalidade com estilo clean, moderno e contemporâneo. A moradia, pertencente a um jovem casal com dois filhos, possui quatro suítes, sala para dois ambientes, varanda gourmet, cozinha, área de serviço e dependência completa de empregada. “Respeitamos muito a individualidade dos projetos, pois temos em mente que é para o cliente. É ele quem vai usufruir desse espaço. Assim, deve refletir o estilo do dono”, relatam. Dentre tudo o que foi feito, os destaques vão para o espaço do escritório anexo à sala, que criou uma divisória vazada por trás do sofá e delimitou os ambientes e para a porta de correr que conecta a sala de estar à suite. “Acreditamos que o projeto de interiores deve-se mostrar, acima de tudo, funcional. Deve dispor de espaços que atendam às necessidades de quem vai utilizá-lo. A isso, devemos aliar à estética. Acreditamos que quanto mais soubermos sobre quem usará o ambiente e quais atividades ocorrerão nele, mais conseguiremos projetar de forma eficiente”, conta Larissa. Ela ainda ressalta a importância dos espaços que reúnem as famílias paraibanas e diz que a preocupação com o calor e a maresia são importantíssimas na criação de um projeto. “João Pessoa é uma região de clima quente o ano inteiro. Temos sempre que pensar na melhor forma de promover ventilação nos projetos. Além disso, é uma cidade litorânea e deve-se sempre utilizar materiais resistentes à maresia. Como a umidade aqui é altíssima temos que lembrar que tudo está sujeito a mofo”. Confira abaixo, na íntegra, a entrevista com as arquitetas paraibanas de Arquitetos do Brasil.

1. Quais são suas inspirações? Em quem você se baseia para realizar os seus projetos?

 

Em termos de estilo, gostamos muito do moderno e do contemporâneo. Acreditamos que, como arquitetas, devemos sempre estar a par dos projetos dos colegas para nos inspirar e aperfeiçoar os nossos conhecimentos. Admiramos bastante o trabalho de Fernanda Marques, Déborah Aguiar, João Armentano, Roberto Migotto, Janete Costa, entre outros. Gostamos também de utilizar peças artesanais em nossos projetos, pois na nossa região existem artesãos muito habilidosos que merecem ter seus trabalhos expostos.

2. Qual é o fator local (referente à sua região) que interfere, ou seja, icônico na arquitetura/cultura da sua localidade?

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João Pessoa é uma região de clima quente o ano inteiro. Temos sempre que pensar na melhor forma de promover ventilação nos projetos. Além disso, é uma cidade litorânea e deve-se sempre utilizar materiais resistentes à maresia. Como a umidade aqui é altíssima, temos que lembrar que tudo está sujeito a mofo.

3. O que não pode faltar na casa de um paraibano?

 

Paraibano, como todo nordestino, adora conversar e se confraternizar. Não pode faltar uma mesa grande na cozinha e um terraço ou varanda ampla para reunir a família e os amigos.

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4. Como você costuma se atualizar? Através de revistas, cursos, viagens etc.? E quais são?

 

Costumamos viajar muito, sempre com foco na nossa profissão, sempre procurando olhar novos projetos, afinal, tudo é arquitetura. Acreditamos que todo arquiteto precisa viajar muito, como forma de aperfeiçoar o olhar para várias soluções arquitetônicas. Paralelamente a isso, visitamos mostras de decoração e feiras, buscando sempre observar os lançamentos do mercado. Assinamos várias revistas relacionadas ao tema, como Casa Claudia, Arquitetura & Construção, entre outras; e participamos de vários cursos para nos atualizar.

5. O que compensa, ou não, em questão de materiais, importar?

 

Temos em João Pessoa lojas que oferecem todo o tipo de produto. Apesar disso, alguns produtos são mais baratos se importados, como papel de parede, por exemplo. A vantagem de comprar no comércio local é a facilidade na hora de resolver algum problema concernente ao produto. Por exemplo, se ele apresentar defeito e precisar ser trocado, é bem mais fácil resolver isso na loja. 

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6. O que frustra e te estimula na sua profissão?

 

A partir do momento que somos contratados pelo cliente, passamos a participar de um sonho dele. Concretizar isso é bem difícil, principalmente aqui em João Pessoa. A mão-de-obra de qualidade ainda é escassa. Os bons profissionais estão com a agenda sempre cheia, o que faz com que o cliente tenha que esperar para executar o projeto. Além disso, muitos profissionais não têm comprometimento com prazos, o que gera muito atraso no cronograma das obras. Tem ainda a questão de que várias pessoas sem formação estão se intitulando decorador ou designer, achando que a nossa profissão se resume a combinar “as cores dos sofás com os tapetes”. Estudamos cinco árduos anos, temos que estar sempre nos atualizando para manter o nível dos projetos, seja fazendo cursos ou viajando, e alguns falsos profissionais confundem a cabeça dos clientes, cobrando honorários que não cobrem os custos de um escritório. A concorrência desleal é bem frustrante. Entretanto, acreditamos que estamos em uma das profissões que dão maior prazer aos profissionais. Não existe alegria maior do que ver o seu projeto sair do papel e tomar forma.  E saber que você conseguiu fazer um sonho se tornar realidade, por mais clichê que isso possa parecer! Outro estímulo constante que temos é ter que estar sempre estudando, nos atualizando, pois os equipamentos, os revestimentos, os materiais, as técnicas construtivas etc. mudam o tempo todo e temos que estar sempre atentos aos lançamentos.

7. O que todo mundo pensa quando você diz que é arquiteto, mas, que, na prática, não é verdade?

 

A ilusão de que vivemos em um meio glamoroso é bem frustrante. As pessoas acreditam que arquitetos, principalmente de interiores, vivem em um meio de glamour, cercado por festas e viagens. Realmente, isso existe, mas grande parte do nosso dia a dia é em obra, em meio a trabalhadores que não têm estudo e com os quais temos que saber lidar para transformar os projetos e sonhos dos clientes em realidade. Existe a parte artística, mas a técnica é tão ou mais importante e é quem determina a perfeita execução do que foi criado.

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8. Qual foi o último livro que leu?

 

O monge e o executivo, de James C. Hunter.

9. Você é a favor da reserva técnica?

 

Sim. A partir do momento em que o arquiteto participa ativamente da venda, sendo corresponsável dela.

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Perguntas e respostas:

1. Oscar Niemeyer ou Lúcio Costa? Niemeyer.

2. Pudim de leite ou mousse de chocolate? Mousse de chocolate.

3. E o vento levou ou Dançando na Chuva? Dançando na chuva.

4. Chico Buarque ou Elis Regina? Chico Buarque.

5. Sushi ou pizza? Pizza.

6. Atari ou Playstation? Playstation.

7. Clarice Lispector ou Caio F. Abreu? Clarice Lispector.

8. Gato ou cachorro? Cachorro.

9. Android ou iOS? iOS. 1

10. Paris ou Milão? Paris.

 

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Escritório 2LS Arquitetura atua há nove anos no mercado e é o resultado de uma parceria que une técnica, diversidade e criatividade. As arquitetas Larissa Vinagre e Suellen Montenegro desenvolvem projetos variados como residenciais, comerciais, mostras, design, dentre outros. A parceria é sinônimo de criatividade, misturando materiais com ousadia. A 2LS Arquitetura produz projetos, com a marca inconfundível de uma arquitetura que privilegia o conforto, simplicidade, sofisticação e uma estética harmoniosa. Conheça mais seu trabalho:

 

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