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29 louças sanitárias e dicas para comprar

Antes de adquirir a dupla de maior destaque do banheiro, tire suas dúvidas e confira 29 produtos para todos os gostos e bolsos a partir de R$ 44. Precisa de mais dicas? Mostramos 22 modelos elegantes de cubas de sobrepor

Por Texto Daniella Grinbergas Reportagem Visual Mario Mantovanni E Monica Keiko (colaboração) Fotos Victor Almeida E Divulgação
Atualizado em 15 dez 2016, 12h11 - Publicado em 15 dez 2010, 19h37

Cuba e bacia devem aliar beleza, conforto e funcionalidade, mas de nada adianta ter tudo isso se não forem de tamanho apropriado ao seu banheiro. Com a planta baixa em mãos, verifique quais modelos se adaptarão melhor ao ambiente, proporcionando uma boa distribuição da área. Para programar a posição das peças, a arquiteta Paula Neder, do Rio de Janeiro, dá uma dica: O ideal é que o vaso não seja visto por quem estiver do lado de fora e que restem pelo menos 20 cm livres em cada uma de suas laterais. Sobre o tamanho da pia, Fátima Barnabé, arquiteta da Deca, explica que, para haver harmonia, a peça não deve ocupar mais que a metade da extensão da bancada. E não esqueça: bacia e cuba precisam formar uma composição afinada. As empresas costumam desenvolver a linha completa para não resultar em diferenças de tonalidade e desenho entre elas, justifica Paulo Roberto Rodrigues de Lima, chefe de controle de qualidade da Icasa. Quando o assunto é cor, o branco continua líder absoluto, um clássico mas tons neutros e o preto também vêm ganhando destaque.

Preços pesquisados entre 2 e 9 de dezembro de 2010, sujeitos a alteração.

Quais são os modelos de pia e como definir um entre eles?

 

O mais simples é o de coluna, destinado a projetos sem bancada. O lavatório em si ocupa pouca área e tem baixo custo de compra e instalação. É fixado na parede e apoiado em uma coluna que vai até o piso ou em uma meia-coluna, também chamada de coluna suspensa. A diferença está na saída do esgoto: o de meia-coluna esconde o encanamento ligado à parede, mas, se a saída for pelo piso, será preciso usar a peça inteira. Há também lavatórios que ficam apoiados apenas em abraçadeiras, dispensando essas peças, explica Marcelo Ferreira Vinhola, diretor comercial do Grupo Eternit. Se optar por bancada, será preciso escolher entre quatro modelos de cuba: de embutir (colada por baixo do tampo), de apoio (fica sobre a bancada), de semiencaixe (uma parte fica acima do tampo e a outra, pendurada) e de sobrepor (fixada sobre um rasgo na bancada, exibe uma borda como acabamento). Segundo o gerente de produtos da Roca Brasil, André Zechmeister, as campeãs de uso acabam sendo as de embutir, mais baratas. Os outros modelos, no entanto, têm conquistado a preferência quando se deseja um visual moderno. Detalhe importante: os pontos de água podem mudar de acordo com o tipo de cuba. Então, se previna de gastos extras analisando o projeto hidráulico antes de comprar a peça.

Para escolher a cuba, devo levar em conta a torneira?

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Sim. Se o lavatório ultrapassar a altura do tampo, opte por um misturador de bancada com bica alta, aconselha Paulo Roberto, da Icasa. Se a borda da louça ficar rente à superfície, melhor uma peça baixa. Para não errar, a arquiteta Fátima Barnabé, da Deca, ensina: Faça um desenho que simule a montagem do metal em relação à cuba o chamado corte esquemático lateral. Assim, você entende qual será a área livre para as mãos e se a água cairá perto do ralo, evitando respingos.

Quais são as diferenças entre a bacia com caixa acoplada e a convencional?

 

A convencional possui o sistema de descarga isolado, com uma válvula na parede, enquanto a acoplada tem a caixa ligada à louça. As peças com caixa acoplada são mais caras, porém o custo final, incluindo a colocação, compensa, afirma Marcelo, da Eternit. Ele explica que o vaso comum requer instalação especializada para fazer a ligação com a descarga. Já o modelo com caixa só precisa ser vedado e conectado à entrada de água e à saída de esgoto. Os fabricantes vendem o vaso e a caixa separadamente, mas o mercado já caminha para a produção de peças inteiriças. A tendência da caixa acoplada se deve à restrição do consumo de água: a peça possui vazão limitada, ao contrário da válvula, que libera água abundantemente enquanto o mecanismo é pressionado. Quanto à pressão, tanto as caixas quanto as válvulas convencionais podem ser reguladas (pressão alta ou baixa), explica André, da Roca: A diferença é que a válvula com alta pressão libera ainda mais água, enquanto nas caixas a pressão só irá interferir no seu tempo de enchimento.

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Há formas de gastar menos água no vaso sanitário?

 

Para economizar, é possível instalar uma válvula de descarga com duplo acionamento de 3 e 6 litros , que proporciona uma economia de até 60%. Mas a instalação sai mais cara, comenta Marcelo. Existem modelos de caixa acoplada que já vêm com esse sistema. E a propensão é de que, mais para a frente, todas já passem a ser produzidas com o duplo acionamento, continua.

Consigo acoplar uma caixa à bacia convencional?

 

Depende do modelo e pode dar trabalho se for necessário modificar o ponto de esgoto. Geralmente, a saída da bacia convencional fica a 21 cm da parede, e a daquelas com caixa acoplada, a 30,5 cm, afirma André, da Roca. Então é preciso alterar o ponto do esgoto no piso, além de remover a válvula de descarga, que se torna dispensável.

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O assento vem junto ou é comprado à parte?

 

Algumas empresas já oferecem vasos com assento, mas a maioria é vendida sem. Antes de adquirir o acessório, tenha em mente a marca e a linha da louça para que se encaixem perfeitamente. Há diversos materiais como MDF laqueado, resina e poliéster, com preços que variam bastante. Para facilitar a busca, as linhas econômicas de bacias seguem o mesmo formato e utilizam o chamado assento universal.

Posso mudar a localização da pia e do vaso?

 

Sim, porém é preciso se informar sobre a hidráulica do projeto. Em apartamentos, é necessária a autorização do morador de baixo para que se faça a mudança no ponto de esgoto, alerta a arquiteta Débora Aguiar, de São Paulo. Isso porque o esgoto geralmente passa abaixo do piso, ou seja, sobre o forro do vizinho. Um encanador pode verificar a localização dos dutos e fazer o serviço, que sai mais caro, pois implica quebradeira, novas tubulações e troca de acabamentos. Se a reforma não envolver mudança de posicionamento, mas apenas a substituição de louças, é mais simples. Os pontos do vaso são padrão. Só dá trabalho se a bacia convencional for substituída por uma com caixa acoplada, explica Marcelo, da Eternit.

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Meu banheiro tem um mau cheiro constante. Pode ser de uma instalação malfeita?

 

É possível que o problema esteja no anel de vedação, o que se resolve com uma reinstalação feita pelo encanador. Mas o cheiro também pode resultar de uma tubulação de esgoto com inclinação inferior à necessária: a passagem dos dejetos fica prejudicada, o que leva a eventuais entupimentos. Por isso, em casos de reforma e intervenções no sistema hidráulico, a mão de obra especializada está diretamente ligada ao bom resultado.

Durante a reforma, quando se coloca a louça?

 

Assim que terminar a fase da obra bruta e de acabamentos, afirma a arquiteta Paula Neder. Se o ambiente contar com bancada, a cuba deve ser fixada nessa etapa. Já Débora indica que somente após a instalação das louças entram em cena boxe, espelhos e marcenaria.

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Em relação às cores, o que está na moda?

 

Segundo André, da Roca, a preferência recai sobre o branco, seguido por bege e cinza. A arquiteta Juliana Traldi Bomfim, de Santo André, SP, acrescenta: As marcas têm apostado também no preto. Além desse tom, acabamentos especiais, como o grafite, ganham adeptos. Porém, Marcelo, da Eternit, lembra que uma bacia de cor preta pode custar até 15% mais que outra de cor neutra. Se quiser ousar na combinação, a arquiteta Juliana Shwartzbaum, de São Paulo, recomenda: É possível misturar louça branca e preta, desde que fique dentro da proposta de cores do conjunto. Só não indico usar duas peças com tonalidades diferentes de branco, por exemplo.

Como limpar as louças? Em quanto tempo elas precisam ser trocadas?

 

A sujeira não gruda nos modelos esmaltados, o que simplifica a limpeza, realizada com pano e esponja macios, detergentes e desinfetantes. Marcelo, da Eternit, não aconselha o emprego de materiais abrasivos, como ácidos e palha de aço, que podem danificar o produto. Se a peça for bem instalada e cuidada, a durabilidade é muito significativa, comenta. Há louças com mais de 50 anos em perfeita condição de uso.

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