Bem-estar

Como acabar com o mofo de uma vez por todas

Conversamos com especialistas e selecionamos as melhores dicas - do chão ao teto - para você acabar com esse problema. Confira!

por Isabella Purkote Atualizado em 5 jun 2018, 10h30 - Publicado em
5 jun 2018
10h30

O que fazer para se prevenir?

Quando o tempo esfria, é tentador ficar bastante tempo debaixo do chuveiro e fechar as janelas, evitando a circulação para deixar os ambientes mais quentinhos. No entanto, essas atitudes podem ser muito prejudiciais, tanto para a estrutura do seu imóvel, como para a sua saúde: a umidade é praticamente um convite para fungos (principalmente o mofo) e ácaros, que podem desencadear alergias graves nos moradores, além de criar manchas e infiltrações, que são capazes de danificar permanentemente as paredes da sua casa.

Pensando nesses problemas, que se agravam no inverno, conversamos com profissionais e separamos dicas fundamentais para que você possa se prevenir e se livrar de uma vez por todas dos efeitos desagradáveis que a umidade pode causar!

Antes de falarmos sobre como remover o bolor, ou tentar disfarçá-lo com algum revestimento ou pintura, é necessário que o problema seja resolvido. Existem métodos que protegem os alicerces da casa da invasão de fungos e infiltrações durante todo o ano, e são essenciais para evitar dores de cabeça a longo prazo. O arquiteto Rafael Sera, especialista em manutenções e reformas, nos explicou quais são os procedimentos ideais para manter os fungos longe da estrutura da sua casa desde a construção.

A principal recomendação é contratar uma empresa especializada ou um profissional qualificado para agir preventivamente no período de edificação do imóvel – feita de forma correta, a impermeabilização evita possíveis prejuízos e mantém a segurança do morador por vários anos.

“Para evitar problemas com mofos e manchas nas paredes e tetos decorrentes de infiltrações recomendamos que seja feita impermeabilização em toda a construção, seja em subsolos, lajes, piscinas ou fundações. Afinal, a impermeabilização feita de maneira adequada pode durar até 25 anos, o que representa economia e bem-estar a longo prazo.”

Outra dica fundamental, também de acordo com o especialista, é identificar o tipo de produto mais adequado. “Existem diversas opções disponíveis no mercado, mas é possível diferenciar os impermeabilizantes em dois grupos: os rígidos, que incorporam a estrutura e tendem a ser porosos; e os flexíveis, que se adaptam às possíveis movimentações na estrutura”. Uma vez identificado o tipo de produto, o segundo passo é colocar a mão na massa!

Continua após a publicidade

Para ajudar a identificar infiltrações, principalmente quando chega a estação mais fria, Rafael Sera indicou quatro focos em que esse problema pode se manifestar mais facilmente – e claro, como resolvê-los de forma simples e prática!

Confira:

1. De baixo para cima

Quando o alicerce do imóvel não foi impermeabilizado desde a construção, podem surgir infiltrações até mesmo na base, um nível inferior ao piso. Essa é uma parte que não pode ser esquecida quando se está edificando o imóvel. Se não for devidamente protegida, a estrutura fica comprometida desde o seu início, permitindo que a umidade da terra suba pela parede. Para essa parte do projeto, Rafael sugere aplicar dois impermeabilizantes: um a base de concreto e outro asfáltico.

Continua após a publicidade

2. De cima para baixo

Os motivos para as ocorrências de infiltrações podem ter inúmeras causas, e o primeiro passo é identificá-las. De acordo com o arquiteto, as principais estruturas vulneráveis às infiltrações são as calhas e as telhas, que se desgastam facilmente com chuvas e umidade. Verificada a origem da goteira, é necessário resolver o problema o mais rápido possível. Para isso, existem revestimentos 100% silicone, que garantem a impermeabilização sem quebrar a estrutura, ou seja, permite restaurar o teto ao invés de refazê-lo.

3. O causador está ao lado

Para ampliar a construção, algumas pessoas optam por construir o imóvel “parede com parede” com o vizinho. O que parece vantajoso em questão de espaço pode ser um problema quando a infiltração surge na parede ao lado. Essa é uma questão mais complicada, pois nem sempre você sabe o que tem ali ou o que pode vir a ter, então, se for construir, pense bem. “Se o imóvel ao lado não estiver com a impermeabilização em dia, a infiltração do vizinho pode ser a causa do seu problema. Nestes casos a política do bom relacionamento é parte da solução”, destaca Rafael. Converse com o seu vizinho e veja qual a melhor solução para ambos os lados.

4. Encanamentos prejudicados

Umidade na parede, manchas escuras no teto do banheiro, pintura descascada e, claro, o mofo são alguns sinais de que há algo errado com o encanamento e nas tubulações. E os problemas podem ser gerados também no apartamento do vizinho ou no condomínio. Há, basicamente, três causas para o surgimento de infiltrações: vazamentos; falhas na impermeabilização da laje; e o lençol freático – caso que provoca a infiltração no poço do elevador.

Continua após a publicidade

“Não são raros os casos em que profissionais pouco qualificados ou até mesmo o dono do imóvel faça alguma adaptação sem o conhecimento do posicionamento dos encanamentos. Ao perfurá-los, a água passa a criar poças internas, causadoras de infiltrações” , afirma Sera. Por isso é tão fundamental a escolha de um profissional especializado e o material adequado para consertar e prevenir os fungos decorrentes da umidade causada pelas infiltrações.

Publicidade

Prepare-se para o inverno

Falta menos de um mês para a chegada do inverno. Como mencionamos no tópico anterior, o frio e o tempo seco podem fazer com que a umidade dentro de casa passe despercebida, causando grandes estragos. As roupas e os ambientes podem ser danificados de forma severa nesse período, assim como a sua saúde: a sujeira, gordura, mofo, ácaros e o famoso “cheiro de guardado” das roupas são potencializadores das conhecidas doenças propícias ao período, como gripe, renite alérgica, sinusite, asma, entre outras.

Se a sua casa não foi devidamente impermeabilizada, ou se você simplesmente precisa de algumas dicas para combater os fungos que já se instalaram nos seus pertences, nós vamos te ajudar a se libertar, por meio de uma faxina completa, desses bichinhos desagradáveis!

Conversamos com a especialista em produtos de limpeza Aline Silva, da Casa KM, que nos deu algumas dicas sobre como remover mofos, ácaros e sujeiras, principalmente quando o tempo esfria. A primeira e mais importante recomendação é abrir as janelas e deixar a casa ventilar, não importa o quão frio esteja. Preste atenção principalmente à circulação de ar na cozinha e no banheiro, que são os dois cômodos mais úmidos.

1. Lave casacos e malhas

Muita gente tem costume de guardar no fundo do guarda-roupas os casacos mais quentinhos durante o inverno. Mas quando a estação finalmente chega, não adianta apenas deixá-los no sol, é preciso lavá-los.

“Para se livrar do bolor e do cheiro desagradável, é indispensável lavar casacos e malhas que ficaram por muito tempo sem uso no guarda-roupa, não basta apenas estender no varal para tomar sol. Isso vai ajudar (e muito) a eliminar o mofo e o mau cheiro da roupa. Lembrando sempre de separar as peças delicadas das mais pesadas e as coloridas das brancas. Para não estragar – dependendo do acabamento -, algumas peças não poderão ser lavadas na máquina”, afirma a especialista.

Continua após a publicidade

2. Lave os tecidos expostos na casa

Além das peças que ficam no fundo do armário, é preciso também cuidar dos tecidos que ficam sempre à mostra dentro de casa. A umidade pode atrair mofo e danificá-los e tanto quanto acontece com as roupas. Não esqueça de escolher um bom produto para se livrar das manchas e da sujeira! Quanto a isso, Aline é enfática: “Cortinas e tapetes também precisam ser lavados pelo menos a cada seis meses e as roupas de cama devem ser trocadas pelo menos uma vez por semana, para evitar acumular bolor e sujeira”

É claro que a umidade tinha que estar ligada ao indesejado e inevitável pó que se acumula nos pisos, móveis e acessórios de não cuidados com frequência. Para dar um jeito nessa situação, utilize lenços umidecidos para migalhas em mesas e superfícies menores, já para locais maiores, escolha um produto apropriado ou faça uma mistura caseira com uma medida de amaciante para 4 medidas de água. Coloque em um borrifador e mão na massa! “Na limpeza da casa, para eliminar o pó é recomendável usar aspirador e pano úmido com água ou, de preferência, com um produto apropriado em vez de vassouras, que espalham o pó por todo o ambiente”, alerta Silva.

3. Banheiro sequinho

Também de acordo com a especialista, o banheiro é uma zona de perigo quando se trata de fungos: quente e úmido, ele é o ambiente perfeito para a proliferação do bolor. “Esse exige cuidado especial no combate ao mofo, por isso, depois de limpar com os produtos adequados, seque cuidadosamente com um pano seco, eliminando todo tipo de umidade”. Depois que terminar de tomar banho, abra as janelas para que a água possa evaporar!

Cuidado com a construção da parede do banheiro colada à parede do quarto, a umidade provocada pelo vapor d’água produzido no banheiro pode fazer com que o lado da parede do quarto seja prejudicado e estrague o móvel. Nesse caso, a indicação é impermeabilizar um dos dois lados da parede (o do quarto ou o do banheiro). 

Continua após a publicidade

Outra dica importante para manter o banheiro higienizado, de acordo com Silva, é “evitar deixar toalhas e panos úmidos no banheiro e também nos armários e gavetas, pois a umidade causa o aparecimento de mofo. Sempre os deixe em locais adequados para secarem completamente antes de guardá-los”.

4. Qualidade do desengordurante

Como citamos acima, o mofo se propaga devida à umidade.  Uma dica para evitá-lo é esfregar as paredes com uma escova de cerdas mais resistentes para retirar o bolor e, em seguida, passar uma solução desengordurante para ajudar na limpeza. “Sempre é importante ler os rótulos dos produtos e seguir as recomendações dos fabricantes é fundamental, para que fique atento às orientações e saber se ele pode ser aplicado naquele local ou não, sem causar danos ou piora da situação”, constata a especialista.

Outra dica é passar água sanitária após a escovação das paredes, deixar por alguns minutos e lavar. Isso deve servir como atisséptico para receber as camadas de impermeabilizante e tinta (de preferência permeáveis).

5. Leia os rótulos

Atente-se ao produto que está comprando! “Sempre é importante ler os rótulos dos produtos e seguir as recomendações dos fabricantes é fundamental, para que fique atento às orientações e saber se ele pode ser aplicado naquele local ou não, sem causar danos ou piora da situação.

Publicidade