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Casa sustentável se integra à natureza no interior de São Paulo

Sol, chuva e vento garantem a autossuficiência desta casa em meio a um labirinto de montanhas

Por Por Silvia Gomez (Texto) | Projeto: Studio MK27 (Lair Reis e Marcio Kogan)
Atualizado em 9 set 2021, 13h29 - Publicado em 1 fev 2017, 13h50

Em Catuçaba, no interior de São Paulo, este lote isolado e acidentado de 30 mil m², a 1 500 m de altura, trouxe um desafio aos arquitetos do Studio MK7: como responder da forma mais ecológica possível a um lugar privilegiado como esse? “A premissa era criar uma casa autossuficiente em termos de energia, água e esgoto. Ali, a natureza é muito forte e sabíamos que precisávamos nos aliar a ela”, afirma o arquiteto Lair Reis, coautor do desenho ao lado de Marcio Kogan. 

Para tanto, o escritório paulistano adotou as regras de construção sustentável pautadas pelo Green Building Council Brasil (GBC Brasil). O esforço rendeu ao projeto o nível Platina, pontuação máxima obtida com o cumprimento de alguns desafios principais, entre eles implantação de baixo impacto e conforto térmico. 

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Assim, a construção foi pensada a favor da curva de nível para estabelecer um vínculo entre o construído e o natural. Ela conta com de 16 tubulões de concreto capazes de suspender a estrutura pré-fabricada, feita de madeira certificada pelo selo do Conselho de Manejo Florestal (FSC).

Para resolver a questão da temperatura, aberturas alinhadas promovem a circulação cruzada de ar, no calor. Para o frio, pesam a atuação do recheio isolante de lã de pet reciclado das paredes de wood frame e as esquadrias com vidro duplo. Nos dias mais gelados, pode-se acionar as salamandras à lenha, pontuais em cada ambiente. 

Sem acesso a redes tradicionais de abastecimento, a residência precisava dar conta de sua própria demanda energética e de água. “Lá, há uma nascente, mas também contamos com o aproveitamento de chuva. Placas solares térmicas e fotovoltaicas aquecem os chuveiros e resolvem a iluminação e a eletricidade. Uma turbina eólica complementa o sistema”, explica Lair. O tratamento de esgoto se dá numa estação enterrada sob a área técnica, sem o uso de produtos químicos. “Aceitei com apreensão o desafio de fazer uma casa autossuficiente e sustentável. mas fica cada vez mais claro para mim que esse é o futuro”, completa o arquiteto Marcio Kogan.

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Confira uma galeria com todas as fotos da construção, a seguir.

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