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Casa em Porto Alegre usa brises para se proteger do sol

Voltada para o poente, a fachada frontal dessa casa em Porto Alegre pega o forte sol da tarde. Mas os brises de madeira e aço protegem os ambientes internos

Por Reportagem Edson G. Medeiros (visual) e Rosele Martins (texto) | Design Manoel Vitorino Junior | Ilustrações Campoy Estúdio | Fotos Marcelo Donadussi
Atualizado em 19 jan 2017, 13h29 - Publicado em 26 abr 2012, 19h26

Famosa pelas baixas temperaturas, a capital gaúcha castiga também os menos afeitos ao calor – no verão, os termômetros chegam a ultrapassar os 40ºC. Por isso, nessa cidade, é especialmente importante proteger os ambientes voltados para o oeste, face que recebe o quente sol vespertino. E se ela coincidir com a fachada principal? “Foi o que aconteceu nesta construção. Decidimos expor a cozinha e a lavanderia à claridade intensa da tarde, bem-vinda nesses ambientes, e colocar a área social nos fundos”, conta o arquiteto Cristiano Kunze, que assina o projeto com Nathalia Cantergiani e Andréa Soler Machado. Mas não bastava cuidar da distribuição: o trio investiu ainda em brises de aço e madeira, capazes de amenizar a passagem dos raios solares e garantir o conforto térmico dos espaços de serviço. Além de filtrar o excesso de sol, o recurso resguarda a privacidade dos moradores. “A bancada da piaestá logo atrás das aletas. Quem trabalha ali se mantém a salvo dos olhares externos”, diz Cristiano.

O efeito dos brises

 

Os proprietários aprovaram tanto a solução encontrada para a planta quanto a existência das aletas. “Os brises de fato ajudam a refrescar a casa, e a sala de estar junto ao pátio, nos fundos, favorece o lazer. Quando abrimos as portas, vira tudo um espaço só: living, jardim e edícula, onde está a churrasqueira”, fala o empresário André Paganin, que, acompanhado da mulher e dos dois filhos, trocou um apartamento pela morada de três pisos há quatro anos. Outra boa saída, diz ele, foi aproveitar toda a largura do terreno de 8,80 x 33 m. “Encostamos a construção nas divisas laterais para conquistar mais espaço interno”, afirma. Lajes nervuradas contribuíram para obter ainda mais amplitude. “Elas dispensam pilares. Daí os grandes vãos livres”, comenta Cristiano Kunze, que ressalta um único porém: em pequena escala, como aqui, o custo dessas estruturas fica um pouco elevado. “Por outro lado, a ausência de colunas facilita vender a casa no futuro, pois ela pode assumir diferentes configurações”, justifica.

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