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Casa de madeira entre um rio e a encosta da serra fluminense

Espaçosa, iluminada, fresca, com o conforto da madeira e o convite de uma piscina natural, essa casa é inspiradora

Por Simone Raitzik | Fotos André Nazareth
Atualizado em 14 dez 2016, 11h30 - Publicado em 7 jan 2014, 16h56

A estrada de terra esburacada, quase intransitável em dias de chuva forte, não deteve a intrépida empresária em busca de um terreno para construir seu refúgio de fim de semana. Ao contrário. Quanto mais ela subia a montanha e se embrenhava na mata, maior era sua sensação de deixar o estresse perdido em algum lugar lá embaixo. Quando, enfim, alcançou a porteira do condomínio e deparou com a área de 9 mil m² à beira do bucólico Rio Maria Comprida, não restou dúvida: ali era o paraíso que procurava. 

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 “Como o loteamento surgiu há cerca de 20 anos onde existia uma antiga fazenda, ele preservou a atmosfera de cidade do interior, sem intervenções urbanas. As casas são confortáveis, mas simples e rústicas, e mal há muros. As estradinhas seguem empoeiradas, cheias de pedras, e o rio corre tranquilo, ao natural. Quase ninguém tem piscina privativa. A ideia é manter esse astral delicioso e o clima de roça intactos”, explica a proprietária, claramente apaixonada pela região (que fica próxima de Secretário, vilarejo ainda provinciano na serra fluminense). Com o terreno comprado, ela começou a analisar as possibilidades. Já existia ali uma construção, mas seu jeito antiquado não agradava à família. A empresária achou melhor, então, partir do zero. 

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Os arquitetos Beto Figueiredo e Luiz Eduardo Almeida, da Ouriço Arquitetura, pensaram o novo projeto, que privilegia a integração ao verde e ainda separa com privacidade a ala da mãe e a dos filhos. “Desenhamos a moradia debruçada sobre o rio e dividida em três módulos bem marcados. De um lado, voltado para o acesso ao lote, está o social, com a suíte máster em cima. Do outro, nos fundos, fica a parte de lazer, dos adolescentes, cujos quartos se situam no andar superior. No meio, o hall liga esses dois lados”, descreve Luiz Eduardo.

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A surpresa da proposta está no uso da estrutura metálica, deixada aparente. “É um material contemporâneo, que envelhece bem, sem problemas de manutenção. Se combinado a madeira e vidro, ganha um tom mais de serra.” Outro ponto importante foi o paisagismo, quase imperceptível por empregar espécies da região, como samambaiaçu, bromélia e filodendro. “Nossa intenção foi trazer a mata para dentro da casa, sem fronteiras, numa ligação natural e convidativa. Tudo o que plantamos parece que já estava ali havia anos”, avalia a paisagista Luciana Leal. No processo, ela encontrou alguns exemplares em risco de extinção, como o rabo-de-galo. “Descobrimos preciosidades por aqui. E cuidamos delas com o maior carinho.”

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1)  O andar superior se restringe à ala íntima. Deste lado, fica o ambiente exclusivo da proprietária, todo cercado pela varanda, com banheiro e closet privativos. um hall reservado, com jardim interno, isola-o das quatro suítes menores, destinadas aos filhos e hóspedes. 2) No térreo, cozinha, salas de jantar e estar estão separadas do cômodo criado especialmente para os adolescentes e seus amigos, na ponta oposta. assim, a área social comporta diferentes usos. ÁREA: 597 m²; construção: LCD arquitetura & Construção; iluminação: ILuz Studio De Iluminação; Paisagismo: Nativa Paisagismo

 

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