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Apartamento pequeno: os 55 m² acomodam o casal e um cachorro grande

O cachorro golden retriever mora no apartamento pequeno reformado. Piso laminado que reproduz madeira ajudam na manutenção

Por Por Deborah Apsan e Joana L. Baracuhy | Fotos Evelyn Müller
Atualizado em 20 dez 2016, 15h47 - Publicado em 16 jun 2014, 13h36

Talvez pareça exagero começar dizendo que, neste apartamento de 55 m², vive um cachorro. Mas não é. Protagonista canino, Calvin tem grande importância nesta história de amor e reforma. Basta lembrar que a designer gráfica Renata Senna de Lucca percebeu que seria pedida em casamento quando seu mascote entrou na pauta da primeira reunião sobre a recauchutagem do imóvel do então namorado, Alexandre de Lucca. “Ele me convidou para dar uns palpites na conversa com os arquitetos. Quando perguntaram quais eram nossas necessidades, o Xande me surpreendeu falando que o piso não poderia ser escorregadio para um cachorro”, conta. Recado dado. O engenheiro pensava não só em convidar a moça para se unira ele no endereço onde já vivia como planejava trazer junto seu cão– e tratá-lo com o devido conforto. A empreitada, então, seguiu seu rumo: seriam programadas intervenções para clarear e modernizar o apê dos anos 80, com ênfase em acabamentos que facilitassem a manutenção e a limpeza requeridas num lugar que comporta um bichinho fofo e peludo. “O Xande queria colocar um material que pudesse ser praticamente lavado com pano bem úmido, pois imaginava que o Calvin faria xixi pela casa”, diverte-se Renata, explicando que, desde a mudança, em dezembro de 2013, o ensinadíssimo pet nunca cometeu tal indelicadeza. Para ela, a maior aflição era prevenir o surgimento de uma doença articular comum em animais que derrapam repetidamente. Nessa hora, valeu a expertise do triodo a:m studio. Contratado para a tarefa, não hesitou em indicara aplicação de um vinílico. Os profissionais tinham no repertório alguns projetos comerciais com o produto,inclusive um no qual as réguas plásticas de aspecto e textura rústica de madeira sobreviveram a uma inundação. “Quanto ao resto, sugerimos alterações a fim de melhorara circulação, iluminar os ambientes e organizar melhor os espaços”,conta Mariana Teixeira Weigand, sócia do escritório paulistano. Às ideias iniciais de inutilizar uma das portas de entrada (para que duas?) e quebrar a parede entre sala e cozinha se somaram a marcenaria inteligente e os revestimentos mais claros e atuais. Renata participou das decisões e do processo, sabendo– formalmente, naquele ponto– tratar-se da sua futura residência.Vêm dela, por exemplo, os ladrilhos hidráulicos eleitos para a cozinha. Tudo definido, Alexandre se instalou num flat por três meses, período no qual um empreiteiro comandou a obra, e os arquitetos fizeram visitas ocasionais. A preocupação dos clientes com relação à adaptação do xodó desapareceu duas semanas após o término da reforma, quando se casaram e ocuparam o espaço renovado. “O Calvin logo escolheu seu cantinho favorito, perto do terraço”, diz ela.“Como o levo para passear todos os dias, acabei conhecendo a região e me adaptando rapidamente”, comemora.